16/02/2018 01:19:00 - Atualizado em 16/02/2018 09:52:00

Planalto discute violência no Rio e criação do Ministério da Segurança Pública

Agência Brasil com Redação RedeTV!

O presidente Michel Temer reuniu alguns de seus ministros na noite desta quinta-feira (15) no Palácio da Alvorada. No encontro, que durou cerca de quatro horas e meia, foi discutida a criação do Ministério da Segurança Pública e a intervenção das Forças Armadas para conter a escalada da violência no Rio de Janeiro.

O governo já ensaia, desde o ano passado, tirar o ministério do papel. Os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, e da Defesa, Raul Jungmann, foram alguns dos presentes ao encontro. Parte da reunião também foi dedicada a discutir formas de atuação do governo federal no combate à violência no Rio de Janeiro.

A reunião também contou com a presença do ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira. A criação de um novo ministério precisa do aval da pasta do Planejamento, responsável pela avaliação do impacto orçamentário nesse tipo de caso. Também estiveram no Palácio da Alvorada os presidentes do Senado e da Câmara, respectivamente Eunício Oliveira e Rodrigo Maia.

Mais cedo, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), comentou sobre a criação do novo ministério. Ele negou que a pasta venha para enfraquecer o trabalho da Polícia Federal. “Nós estamos falando de ações de repressão, investigação e informação no tocante à segurança pública. Portanto, a PF tem dois papéis, o de Polícia Judiciária e de segurança pública, para intervenção direta pró-segurança. Esses papéis são distintos e teriam áreas distintas de atuação”.

Intervenção no Rio de Janeiro

Depois da escalada da violência no Rio de Janeiro durante o Carnaval, quando a cidade registrou arrastões, assaltos, saques, agressões e inúmeros outros tipos de crimes, o presidente Michel Temer decidiu decretar intervenção federal na segurança pública do todo o estado fluminense. O decreto deve ser publicado já na manhã desta sexta-feira.

A decisão foi tomada com a presença e a anuência do governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão. Com isso, desde que haja a aprovação do Congresso, o que deve ocorrer em até dez dias, as Forças Armadas serão incumbidas de comandar a segurança no Rio. 

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o General Walter Souza Braga Neto, do Comando Militar do Leste, deverá ser o escolhido para comandar a intervenção. 

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