23/04/2018 08:17:00 - Atualizado em 23/04/2018 08:17:00

Piloto diz que Sérgio Cabral usou helicóptero do governo do Rio após deixar cargo

Redação/RedeTV! com Agência Brasil


(Foto: ABr/Arquivo)

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB) teria utilizado um helicóptero que pertence ao governo fluminense após deixar o cargo. Segundo reportagem publicada na edição desta segunda-feira (23) do jornal Folha de S. Paulo, a informação teria sido repassada por um piloto durante investigações sobre o político.

O condutor das aeronaves é ligado à Subsecretaria Militar. Segundo declaração ao Ministério Público (MP), Cabral teria usado um helicóptero para ir para “sua casa de veraneio em Mangaratiba”. No total, foram ouvidos 19 profissionais, entre pilotos e copilotos, sobre a rotina dos voos realizados com  aeronaves estaduais.

O político e sua esposa, Adriana Ancelmo, já foram alvos de uma investigação por parte da Promotoria. Em março, eles foram acusados de terem feito 2.281 voos privados com aeronaves do Rio de Janeiro. O prejuízo estimado é de R$ 20 milhões aos cofres públicos.

Na sexta-feira (20), a juíza federal Caroline Figueiredo, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, tornou Sérgio Cabral réu pela 23ª vez, em desdobramento da Operação Lava Jato. Desta vez, o ex-governador e mais 25 pessoas são acusadas de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Operação Pão Nosso– deflagrada no mês passado, que revelou ramificação da organização criminosa em contratos da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).

Cabral responde por corrupção passiva por, de acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, ter aceitado promessa e recebido pelo menos R$ 1 milhão do então secretário da Seap, o coronel reformado da Polícia Militar César Rubens Monteiro de Carvalho, e do ex-subsecretário Marcos Vinicius Lips, que também viraram réus. Mesmo com diversas irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), o então secretário à época renovou o fornecimento de refeições para os presídios com a empresa Induspan, de propriedade de Carlos Felipe Paiva, outro denunciado no esquema.

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