PGR cita "monumental esquema corrupção" ao pedir permanência de Picciani na prisão
Redação/RedeTV! com agências
(Foto: Tania Rego/ABr/Arquivo)
A Procuradoria-Geral da República emitiu parecer em que pede a permanência do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) Jorge Picciani (PMDB) na prisão. Segundo o site G1, o documento foi assinado pela subprocuradora-geral Cláudia Sampaio Marques em 11 de janeiro.
A decisão, de acordo com texto do documento encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), foi tomada pelos indícios de que a Alerj esteve envolvida em um “monumental esquema de corrupção” que teria durado da década de 1990 até o ano passado.
Dessa forma, o parecer vai contra o pedido de habeas corpus feito pela defesa do político. Picciani é acusado de ser receptor de propina em troca de interesses de executivos ligados a empresas de ônibus do Rio. O ex-presidente da Alerj também é acusado de lavagem de dinheiro.
Jorge Picciani e os também deputados estaduais Paulo Melo e Edson Albertassi foram presos em novembro. Eles são investigados pela Operação Cadeia Velha, deflagrada em 2017.
Segundo a denúncia, Picciani recebeu os valores por ordem do empresário do ramo de ônibus José Carlos Lavouras, que agia em nome dos demais denunciados ligados à Fetranspor: Jacob Barata Filho, Lélis Teixeira e Marcelo Traça.
“O poder político desses deputados era sua moeda de troca para atender interesses comerciais específicos de determinadas empresas. O que a organização criminosa fez foi, na verdade, uma captura de soberania popular. Transformou a soberania popular em moeda de troca de corrupção”, disse a procuradora regional da República, Silvana Batini.
