26/08/2016 13:22:00 - Atualizado em 26/08/2016 15:58:00

PF indicia Lula, Marisa e mais três em processo sobre tríplex

Reuters

A Polícia Federal no Paraná indiciou nesta sexta-feira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-primeira-dama Marisa Letícia e mais três pessoas no caso do tríplex no Guarujá (SP) que, segundo os investigadores, pertenceria ao ex-presidente, de acordo com documento de indiciamento anexado ao inquérito sobre o caso. 

Foram indiciados além de Lula e Marisa o ex-presidente da empreiteira OAS José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e o arquiteto Paulo Gordilho, que já trabalhou na OAS.

"Face ao exposto, foi possível apurar que o casal Luiz Inácio Lula da Silva e Marisa Letícia Lula da Silva foi beneficiário de vantagens ilícitas, por parte da OAS", afirma a PF na conclusão de seu relatório, que acrescenta que essas supostas vantagens somaram 2,43 milhões de reais, entre reformas no tríplex e pagamento pelo armazenamento de bens. 

O indiciamento será encaminhado agora ao Ministério Público Federal, a quem caberá decidir se oferece ou não denúncia à Justiça sobre o caso. Se o MPF decidir oferecer denúncia, caberá à Justiça Federal do Paraná aceitar ou não. Caso a denúncia seja aceita, Lula e os outros indiciados passarão a ser réus em ação penal. 

Segundo o indiciamento, a PF acusa Lula dos crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. 

Para os investigadores, Lula recebeu vantagens indevidas de Léo Pinheiro por meio do pagamento de reformas e aquisição de imóveis e eletrodomésticos no apartamento do Guarujá, totalizando cerca de 1,1 milhão de reais, além de pagamentos mensais que somaram pouco mais de 1,3 milhão de reais que teriam sido feitos pelo ex-executivo da OAS referentes ao armazenamento de bens pertencentes a Lula pela empresa Granero. 

A ex-primeira-dama, por sua vez, é acusada pela PF de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, ao passo que Okamotto foi indiciado pelos crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. 

Para a Polícia Federal, o ex-presidente da OAS cometeu os crimes de corrupção ativa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. O arquiteto Gordilho, ainda de acordo com o indiciamento, é acusado de corrupção ativa e lavagem. Os investigadores o consideraram coautor do suposto pagamento de vantagens indevidas a Lula. 

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