03/11/2017 17:47:00 - Atualizado em 03/11/2017 17:53:00

Pastor de diz que foi "convencido" por Cabral a assinar doação de sala de cinema em prisão

Redação RedeTV

Após o Ministério Público abrir um inquérito para investigar a instalação de uma sala de cinema na cadeia em que estão Sérgio Cabral e outros presos da Lava Jato, um pastor disse que ele e uma missionária foram convencidos pelo ex-governador a assinarem um termo de doação de equipamentos eletrônicos para a prisão José Frederico Marques.

Carlos Serejo, da Igreja Batista do Méier, e seu advogado, Heckel Garcez, disseram que o pastor e a missionária Clotilde de Moraes se reuniram com Cabral na biblioteca do presídio. Lá, o peemedebista pediu que assinassem um termo de doação que não existiu, pois o equipamento já estava na penitenciária. 

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) afirmou que a doação foi assinada por Srejo, pelo pastor Cesar Dias e por Clotilde. O três disseram representar a Igreja Batista do Méier e a Comunidade Cristã Novo Dia. O presidente do templo do Méier, João Purin, falou que é o único capaz de fazer doações do tipo.

A defesa de Sérgio Cabral falou que a denúncia é falsa.

Segundo nota do pastor e da missionária, o “detento expôs da necessidade de que uma instituição religiosa assinasse documento de doação de equipamentos eletrônicos, como TV, DVD e home theater e, que segundo Cabral, já estavam no loca”.

A Seap suspendeu o benefício das TVs em celas e recreações esportivas dos detentos por 30 dias e a autorização da igreja citada para executar o trabalho missionário nas unidades prisionais.

A sala de cinema teria uma TV de LED com wifi de 65 polegadas, um reprodutor de blue-ray 3d e um conjunto de som, além de um acervo de 160 dvds. Tudo isso avaliado em, no mínimo, em 22 mil reais.

O Ministério Pública apura a possível prática de crimes contra a administração pública e falsidade ideológica.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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