22/03/2018 10:51:00 - Atualizado em 22/03/2018 10:55:00

Mulher e irmã de Marielle Franco participam de sessão solene na Câmara dos Deputados

Redação RedeTV! com Agência Câmara Notícias


(Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Monica Benício, esposa de Marelle Franco (PSOL), e a irmã da vereadora assassinada, Anielle Silva, participaram de uma sessão solene na Câmara dos Deputados, em Brasília, na manhã desta quinta-feira (22). A sessão celebra o Dia Internacional do Direito à Verdade, sobre graves violações aos direitos humanos e da dignidade das vítimas.

A data comemorativa oficial é 24 de março, sábado, e foi instituída pela ONU em 2010 para relembrar o dia em que foi executado com um tiro no peito o bispo Dom Oscar Romero, em El Salvador. Ele foi morto por se opor aos métodos da ditadura e às constantes violações dos direitos humanos naquele país da América Central.

No Brasil, a data é comemorada pela primeira vez este ano, depois da sanção, em janeiro, da lei que inclui a homenagem no calendário oficial (Lei 13.605/2018).

A celebração foi instituída depois da aprovação de projeto de lei (PL 4903/12) apresentado pela deputada Luiza Erundina (Psol-SP). Para ela, a sessão solene na Câmara e um ato previsto para sábado na PUC de São Paulo servirão de alerta para a ameaça aos direitos humanos no Brasil.

“Vamos procurar dar força e sentido a esses eventos no sentido de retomar, com muito mais energia, organização e força, a resistência ao retrocesso e à ameaça concreta aos direitos humanos e também os riscos graves à democracia e ao estado democrático de Direito no nosso país", afirmou Erundina.

Intervenção no Rio
Atuante na defesa de direitos humanos e integrante também do movimento LGBT e negro, Marielle Franco chegou a denunciar, antes de morrer, abusos cometidos por policiais contra jovens da periferia já na vigência da intervenção federal no Rio de Janeiro.

O bispo católico Dom Oscar Romero foi assassinado em 1980 quando celebrava uma missa na capela do Hospital da Divina Providência, em San Salvador, capital de El Salvador. A execução é atribuída a militares do Esquadrão da Morte de El Salvador, a mando da ditatura que governava o país.

Trinta e oito anos depois, Dom Oscar Romero será reconhecido como santo da Igreja Católica em cerimônia de beatificação prevista para este ano pelo Vaticano.

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