10/02/2017 09:59:00 - Atualizado em 10/02/2017 14:42:00

MPF denuncia Eike, Cabral e mais sete na Operação Eficiência

ABr

O Ministério Público Federal recebeu inquérito da Polícia Federal e aceitou denúncia contra o empresário Eike Batista, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral  e mais sete pessoas, por corrupção e lavagem de dinheiro.

Segundo os procuradores, a pena de Eike pode chegar a 44 anos e a de Cabral, 50, caso sejam condenados por todos os crimes. Além deles, outras sete pessoas foram denunciadas.

A denúncia é resultado das operações Eficiência e Calicute, desdobramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, que já prendeu mais de 12 pessoas, entre familiares e ex-assessores ligados a Cabral, incluindo sua esposa, a advogada Adriana Ancelmo.

Por corrupção passiva e lavagem de dinheiro são denunciados Sérgio Cabral, sua esposa, Adriana Ancelmo e dois ex-assesoores, Wilson Carlos e Carlos Miranda.

O dono das empresas EBX, Eike Batista e seu braço direito, o advogado Flávio Godinho – que participou do acerto do pagamento de U$ 16,5 milhões à Cabral, feito em 2011 por meio de uma operação fraudelenta – são denunciados por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Eike já foi levado duas vezes a prestar depoimento à PF mas, segundo seu advogado, ele se manteve calado e deve falar apenas em juízo. 

Os irmãos Chebar, Renato e Marcelo, que trocaram delações detalhando o esquema de Cabral por redução de pena, além de Luiz Arthur Andrade Correia vão responder na Justiça por evasão de divisas e por manterem recursos não declarados no exterior. 

A denúncia dos procuradores foi encaminhada ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.

Na quarta, a PF indiciou 12 pessoas, mas nem todas foram denunciadas pelo MPF. A Justiça ainda vai decidir se os denunciados viram réus.

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