31/07/2015 15:14:00 - Atualizado em 31/07/2015 15:23:00

MP continuará combatendo a corrupção após eleição na PGR, diz Cardozo

Reuters

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Independentemente de quem vencer a votação para o comando do Ministério Público Federal, o procurador-geral vai manter o protagonismo nas investigações de combate à corrupção, como na operação Lava Jato, disse nesta sexta-feira o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

'O Ministério Público tem tido um papel muito importante no combate à corrupção e à improbidade no país. A eleição na Procuradoria-Geral e nos órgãos do Ministério Público Federal é efetivamente importante', disse o ministro a jornalistas.

'Independentemente da pessoa que titularizar a procuradoria essa missão (de combate à corrupção) será cumprida', acrescentou.

A votação para a escolha do próximo procurador-geral será na próxima semana, num disputa em que o atual ocupante do cargo, Rodrigo Janot, é candidato à reeleição. Os demais concorrentes são Mario Bonsaglia, Carlos Frederico Santos e Raquel Dodge.

Pelas regras, os três mais votados na eleição irão compor uma lista tríplice que será encaminhada à presidente Dilma Rousseff, e caberá a ela escolher o novo indicado a procurador-geral da República. O escolhido precisa passar por sabatina em comissão do Senado e ser aprovado pelo Plenário.

Cardozo também classificou como 'grave' a denúncia feita pela advogada Beatriz Catta Petra, responsável por vários acordos de delação premiada na operação Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras, de que fechou seu escritório de advocacia por se sentir ameaçada pelos integrantes da CPI da Petrobras.

'Não posso dizer se ela recebeu realmente ameaças, mas o que eu posso dizer é que o MP tem a condição junto com o Congresso de esclarecer essa situação', afirmou Cardozo.

Mais cedo, o relator da CPI da Petrobras, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), afirmou à Reuters que na segunda-feira vai reforçar ao presidente da comissão o pedido para que a advogada compareça à CPI para prestar esclarecimentos.

O parlamentar destacou que a advogada já atuou no caso Lava Jato para supostos corruptos e corruptores e ela tem um escritório nos Estados Unidos.

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