10/04/2017 11:41:00 - Atualizado em 10/04/2017 11:45:00

Ministro diz que se reforma da Previdência for adiada, cortará direitos

Redação/RedeTV!

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, fez pressão nesta segunda-feira (10) para que o texto da Reforma da Previdência seja aprovado o quanto antes. Para ele, se a reforma foi adiada por mais dois ou três anos reduzirá direitos e benefícios da população. 

Oliveira considera que o país tem uma ''janela de oportunidade'' para colocar a reforma em prática agora e, caso isso não aconteça, os juros cobrados serão altos.

No último sábado (8), p presidente Michel Temer afirmou, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que cedeu até onde foi possível no texto da reforma da Previdência. Ele teria aceitado mudar pelo menos cinco pontos polêmicos na proposta.

O presidente admitiu a possibilidade de diferenciar mulheres e homens na hora de fixar uma idade mínima para a obtenção do “benefício”, ainda que essa variação seja de apenas um ou dois anos. Ao jornal, Temer considerou: “Convenhamos, se nós tivermos a idade de homem de 65 anos e a de mulher 64 ou 63 não significa que não tenha sido feita uma grande conquista”. Entretanto, ele afirmou que o tema ainda não está “em pauta” no momento.

As mudanças acertadas com o Congresso versam sobre as regras de transição e da aposentadoria rural, o acúmulo de pensão e aposentadoria, aposentadorias para policiais e professores e o benefício assistencial pago a idosos e às pessoas com deficiência. O presidente reforçou que o ponto central da reforma da Previdência é a idade mínima e criticou as aposentadorias obtidas aos 49 ou 50 anos.

Outro ponto polêmico diz respeito à edição de medidas de proteção aos trabalhadores atingidos pela lei da Terceirização. O presidente reforçou que não pretende ceder nesse ponto pois, sob seu ponto de vista, a proposta aprovada na Câmara não causaria prejuízos aos empregados.
Em um momento pouco modesto, Temer garantiu não ter cometido nenhum erro desde que assumiu o Planalto, 11 meses atrás. O presidente teria dito à Folha que “cometeu acertos derivados de muita coragem”.

Michel Temer aproveitou a oportunidade para rebater o recente “fogo amigo” de Renan Calheiros (PMDB-AL) e acusou o colega de partido de estar “atrasado em suas concepções de realidade". O presidente teria feito questão, ainda, de defender sua relação com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Gilmar Mendes, afirmando que não vê nenhum conflito de interesses nos contatos com o ministro.  

A ideia, finalizou o presidente ao jornal, é que a reforma da Previdência seja aprovada no Senado até o mês de julho.

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