Militantes ocupam tríplex no Guarujá: "Se é do Lula, é nosso"
Redação/RedeTV!
(Foto: Reprodução/Facebook)
Militantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e da Frente Povo Sem Medo invadiram na manhã desta segunda-feira (16) o tríplex no Guarujá, que levou à condenação e prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os manifestantes ficaram no local por cerca de duas horas e foram embora após negociação com a Polícia Militar (PM).
Segundo informações da PM, o portão do estacionamento do edifício Solaris foi quebrado durante a invasão dos manifestantes, que pularam as grades para conseguir entrar. Devido aos danos ao prédio, será registrado um boletim de ocorrência.
A ocupação foi anunciada por Guilherme Boulos, coordenador nacional do MTST e pré-candidato do Psol à Presidência da República. "Bom, se é do Lula, o povo foi convidado e pode ficar lá. Queremos saber quem é que vai pedir reintegração de posse", afirmou Boulos, em vídeo transmitido no Facebook. "Essa ocupação vem revelar a farsa judicial que foi feita".
Com um cartaz com as frases "Se é do Lula, é nosso. Se não é, por que prendeu?", os cerca de cem militantes ainda gritaram por "Lula Livre" e "O Lula é meu amigo. Mexeu com ele, mexeu comigo".
Condenação
Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por receber um tríplex no Guarujá (SP) como propina para beneficiar a empreiteira OAS com contratos da Petrobrás. Após o juiz Sérgio Moro emitir a ordem de prisão, o petista se entregou depois de 48h em meio à protestos. Ele permanece detido em Curitiba.
No domingo (15), uma pesquisa do Instituto Datafolha mostrou que, apesar da prisão, Lula continua liderando as intenções de voto à Presidência. Em todos os cenários em que concorre, o ex-presidente aparece com pelo menos 30% - sempre bem à frente dos outros pré-candidatos.
Com isso, o Partido dos Trabalhadores (PT) reafirmou a candidatura de Lula. "Não vamos ter um plano B. Vamos eleger Lula em primeiro turno", afirmou o líder do partido na Câmara, Paulo Pimenta, em declaração ao jornal Folha de S. Paulo.
Acompanhe a transmissão da ocupação:
