18/05/2017 15:28:00 - Atualizado em 18/05/2017 17:25:00

Michel Temer afirma que não vai renunciar à presidência do Brasil

Redação/RedeTV! com Agência Brasil

Michel Temer afirmou que não irá renunciar à presidência do País. Em discurso feito nesta quarta-feira (18), Temer afirmou: "Não renunciarei, sei o que fiz e sei dos meus atos. Exijo investigação plena e rápida. O meu único compromisso é com o Brasil e é só esse compromisso que me guiará."

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Uma reportagem divulgada pelo jornal O Globo na terça (17) diz que, em encontro gravado em áudio pelo empresário Joesley Batista, o presidente teria sugerido que se mantivesse pagamento de mesada de Batista ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e ao doleiro Lúcio Funaro para que estes ficassem em silêncio. Cunha está preso em Curitiba.

Hoje, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin homologou a delação premiada dos irmãos Joesley Batista e Wesley Batista, donos do grupo JBS, firmada com o Ministério Público Federal (MPF) e abriu inquérito para investigar o presidente Michel Temer.

O ex-presidente tentou ressaltar o lado positivo de seu governo, dizendo que seu governo havia tido sua melhor e pior semana. "Os indicadores de queda da inflação, os números de retorno ao crescimento da economia, e os dados de geração de emprego criaram esperança de dias melhores. Otimismo retornava, e as reformas avançavam no Congresso. Ontem, contudo, a revelação de conversa gravada clandestinamente trouxe de volta o fantasma de crise política de proporção ainda não dimensianada. Portanto, todo o imenso esforço de retirar o país de sua maior recessão pdoe se tornar inútil e não podemos jogar no lixo da história tanto trabalho." O presidente também afirmou não ter envolvido com o escândalo onde é citado: "Em nenhum momento autorizei que pagassem a quem quer que seja para ficar calado. Não comprei o silêncio de ninguém, por uma razão singela, pois não temo nenhuma delação. Não preciso de cargo público nem de foro especial. Nada tenho a esconder."

No início da tarde o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, já havia autorizado a abertura de inquérito para investigar o político na Operação Lava Jato. "A investigação pedida pelo STF será território onde surgirão todas as explicações e no Supremo mostrarei não envolvimento a esses fatos", afirmou Temer no depoimento.

Temer disse ter solicitado ao STF todas as gravações da delação premiada dos donos da JBS, que serviram de base para a denúncia. “Desde logo ressalto que só falo agora porque os fatos se deram ontem, e porque tentei conhecer primeiramente o conteúdo de gravações que me citam. Solicitei oficialmente ao STF acesso a esses documentos, mas até o presente momento não recebi”.

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