26/12/2017 17:30:00 - Atualizado em 26/12/2017 17:31:00

Maluf tem doença grave, mas pode ser tratado na prisão, diz perícia

Redação/RedeTV! com Agência Brasil

Laudo da perícia do Instituto de Medicina Legal (IML) de Brasília informou que Paulo Maluf tem doença grave e permanente, mas que pode ser tratada no Complexo Penitenciário da Papuda, onde o deputado federal está desde a última sexta-feira (22).

Preso desde a última quarta-feira (20) para cumprir a sentença de sete anos de prisão, Maluf tem, segundo o laudo, alterações degenerativas "avançadas" da coluna lombar e adenocarcinoma metastático de próstata, um tipo de câncer. Ainda de acordo com o relatório, o parlamentar precisará de "acompanhamento ambulatorial especializado".

Em nota, o advogado de Maluf, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que o documento reitera o que vem dizendo a defesa. "O laudo do IML de 22/12/17 apenas vem corroborar o que a defesa vem reiteradamente afirmando, no sentido de que o deputado Paulo Maluf está sim acometido de doenças graves e permanentes, no caso, a recidiva de câncer de próstata e alterações degenerativas na coluna lombar, com necessidade de cuidados especiais. Ainda sim, os médicos peritos acabaram não analisando o que é ainda mais grave, a doença cardíaca."

Condenação

Pelo placar de 4 a 1, Maluf foi condenado em maio pela Primeira Turma do STF. O colegiado entendeu que ele movimentou quantias milionárias em recursos ilícitos localizados em contas nas Ilhas Jersey. Apesar de julgar pela prescrição do crime de corrupção passiva, os ministros votaram pela condenação por lavagem de dinheiro.

Segundo a denúncia do Ministério Público, Maluf recebeu propina de contratos públicos com as empreiteiras Mendes Júnior e OAS. Os recursos teriam sido desviados da construção da Avenida Água Espraiada, hoje chamada Avenida Roberto Marinho. O custo total da obra foi de cerca de R$ 800 milhões.

As investigações se arrastaram por mais de 10 anos, desde a instauração do primeiro inquérito contra o ex-prefeito, ainda na primeira instância da Justiça. Os procuradores estimaram em US$ 170 milhões a movimentação de recursos ilícitos. O Supremo assumiu o caso após a eleição de Maluf como deputado.

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