Maia critica proposta de reforma trabalhista e defende fim da Justiça do Trabalho

(Foto: Agência Câmara)

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a proposta de reforma trabalhista enviada pelo governo federal aos parlamentares.

Na quarta-feira (8), o deputado classificou o texto como “tímido” e que ainda precisa ser melhorado pelo Congresso.

Maia aproveitou para criticar a legislação atual. Segundo o presidente da Câmara, as regras vigentes provocam insegurança aos empregadores e, consequentemente, geram desemprego.

Em declaração polêmica, Maia disparou contra o que chamou de “decisões irresponsáveis” dos juízes do Trabalho que, ainda de acordo com o parlamentar, "quebraram o sistema de hotel, bar e restaurantes no Rio de Janeiro”. 

O presidente da Câmara acrescentou que, em sua opinião, a Justiça do Trabalho "não deveria nem existir".

A assessoria de imprensa do Tribunal Superior do Trabalho, emitiu nota em nome do presidente do TST, Ives Gandra Martins Filho, em que rebate Rodrigo Maia e afirma que a tendência mundial é da “especialização dos ramos do Judiciário”.

Reforma da Previdência

No início do mês, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, defendeu que a reforma da Previdência seja votada sem alterações. Ele disse que foi convencido de que as regras propostas pelo governo Temer são necessárias para colocar as contas públicas em ordem.

Pouco antes de fazer a declaração, Maia esteve reunido com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles e com o secretário da Previdência, Marcelo Caetano.

"Não tenho dúvida que a proposta que o governo encaminhou está numa linha correta. Não adianta a gente achar que vai ter fórmula mágica'', afirmou.

Maia aproveitou na ocasião para demonstrar sua preocupação em relação à necessidade da reforma trabalhista  e afirmou que o empresário que contrata cumprindo as leis trabalhistas atuais é um ''herói''.

"Acho que a modernização das leis trabalhistas vai avançar muito, já que hoje contratar no Brasil é uma missão se herói", declarou.