04/03/2016 11:15:00 - Atualizado em 04/03/2016 12:24:00

Lula e Dilma tiveram benefício político de esquema de corrupção, diz MPF

Redação RedeTV! com Reuters

O procurador da operação Lava Jato Carlos Fernando dos Santos Lima afirmou nesta sexta-feira que as investigações deixam claro que os principais beneficiários políticos do esquema de corrupção investigado pela operação foram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff.

"Fica claro que o benefício político recebido foi basicamente do ex-presidente Lula e atualmente da atual presidente", disse Lima em entrevista coletiva em Curitiba, onde estão concentradas as investigações da Lava Jato.

O procurador Carlos Fernando dos Santos disse que o Instituto Lula recebeu doações de R$ 20 milhões de empresas investigadas pela Lava Jato, sendo que a maioria das verbas foi doada pelas cinco maiores empreiteiras do País. Outros R$ 10 milhões viriam de palestras, também pagas por essas empresas. 'Essa foi apenas mais uma etapa da Lava Jato. Outras virão', afirmou o procurador.

Segundo o procurador, o esquema de corrupção na Petrobras e em outras empresas investigado pela Lava Jato inclui a "compra de apoio político partidário" a favor dos governos do PT. "É somente nesse sentido que há a vinculação do benefício, o beneficiário sempre será o atual chefe do governo", afirmou. 

A armazenagem de bens de Lula no Palácio do Planalto também está sendo investigada. 'A armazenagem de bens do palácio do planalto foram pagos pela OAS'. Ele explicou que a informação inicial é de que 10 containers foram utilizados para tal fim. 

Carlos Fernando também esclareceu que não houve pedido de prisão para o ex-presidente Lula e para sua esposa, Marisa Letícia.

Sobre a G4, empresa de Luis Claudio, filho de Lula, o procurador falou que o Instituto Lula pagou um milhão de reais à companhia. 'É preciso investigar se houve a prestação de serviços', contou.

A suposta delação premiada de Delcídio do Amaral também foi comentada na coletiva. 'Não temos a confirmação se os fatos que estão na suposta delação de Delcídio existem', afirmou Carlos Roberto. Ele reiterou que os vazamentos à imprensa 'dificultam as investigações'.

A operação Lava Jato lançou nesta sexta-feira nova fase da investigação tendo como alvo o ex-presidente Lula, contra o qual foram expedidos mandados de condução coercitiva e busca e apreensões, para apurar possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro do esquema envolvendo a Petrobras.

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