06/02/2017 06:34:00

Líderes partidários apontam reformas como desafios da Câmara em 2017

Agência Câmara Notícias

Líderes de partidos afirmaram que a aprovação da reforma da Previdência será, juntamente com a trabalhista, a tributária e a política, o principal desafio do ano legislativo que se inicia. 

A pauta das reformas foi defendida pelo líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM). Segundo ele, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, precisará coordenar uma pauta de votações complexa e em um ano difícil.

“Precisamos passar o País a limpo em relação à corrupção e resolver temas importantes, como a reforma da Previdência. Se não fizermos essa reforma, o déficit vai avançar e faltará dinheiro”, observou Avelino.

Também favorável às mudanças, o líder do PP, deputado Aguinaldo Ribeiro (PB), disse que a retomada dos empregos e do crescimento depende dos ajustes que serão feitos pelo Congresso. “Esta Casa será reformista. Precisamos retomar o crescimento e a geração de empregos”, disse. 

Para o líder do PMDB, deputado Baleia Rossi (SP), o importante é que a bancada – a maior da Casa, com 64 deputados –, esteja unida em torno das reformas. “Só assim vamos poder continuar com as boas notícias e fazendo com que, já no segundo semestre, tenhamos a recuperação dos empregos”, disse Rossi.

O deputado Arnaldo Jordy (PA), líder do PPS, também considera a reforma da Previdência o grande desafio do primeiro semestre. “Isso demanda ampla discussão para, por exemplo, fazer justiça com aquele que está mais perto de se aposentar. Se não fizermos essa reforma, agrava-se a dificuldade financeira e fiscal do País”, avaliou Jordy.

Líder do PSD, o deputado Marcos Montes (MG) entende que a insolvência da Previdência está próxima e defendeu a reforma proposta pelo presidente da República, Michel Temer.

Manutenção de direitos
Já o deputado Carlos Zarattini (SP), líder do PT, afirmou que o partido vai defender reformas que não tirem direitos e nem desestruturem a sociedade. “Nós queremos uma Previdência saudável, mas que assegure o direito dos brasileiros de se aposentar. Esse projeto do governo retira a possiblidade de muitos conseguirem a aposentadoria".

O líder do PSol, deputado Glauber Braga (RJ), afirmou que o ano será de resistência. Para Braga, as reformas são necessárias, mas não da forma como foram propostas. “O governo quer que o cidadão tenha 49 anos de contribuição à Previdência para poder se aposentar”, criticou.

Também prevendo um ano de muitos embates, o líder da Rede, deputado Alessandro Mollon (RJ), disse que lutará contra reformas que representem perda de direitos. “Precisamos evitar que a conta seja paga pela classe média, pelos trabalhadores. É uma luta pela garantia de direitos e contra retrocessos”, disse.

Líder da Minoria, o deputado José Guimarães (PT-CE) também criticou a reforma da Previdência proposta pelo governo. " A expectativa de vida no Nordeste é de 71 anos. Como as pessoas vão se aposentar? Não é ser contra ou a favor. Precisamos discutir a matéria”, afirmou Guimarães.

Reconduzido à liderança do PDT, o deputado Weverton Rocha (MA) não concorda com a ideia de usar a Previdência como um instrumento fiscal. “A Previdência foi criada para dar garantia ao trabalhador. Nós estaremos atentos e votaremos contra essa reforma, que retira direitos do cidadão”, disse.

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