09/09/2017 11:31:00 - Atualizado em 09/09/2017 11:34:00

Joesley e Saud deixam passaportes à disposição da Justiça e pedem para ser ouvidos

Redação/RedeTV! com Agência Brasil

Os advogados do empresário Joesley Batista e do executivo Ricardo Saud colocaram à disposição da Justiça os passaportes de seus clientes e pediram que os dois sejam ouvidos pelo ministro Edson Fachin. Batista e Saud tiveram pedido de prisão apresentado no fim da noite de sexta-feira (8) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A defesa também solicitou que o pedido de prisão preventiva seja confirmado.

De acordo com o UOL, um dos argumentos dos advogados é que os fundamentos que levaram ao pedido de Janot possam ser disponibilizados “em prol da ampla defesa”. "Caso haja qualquer dúvida sobre a intenção dos peticionários em submeterem-se à lei penal, ambos, desde já, deixam à disposição seus passaportes, aproveitando para informar que se colocam à disposição para comparecerem a todos os atos processuais para prestar esclarecimentos, da mesma forma com que têm colaborado com a Justiça até o presente momento”, diz a defesa.

A prisão foi solicitada ao ministro Edson Fachin, relator das investigações da JBS, após o procurador concluir que os colaboradores esconderam do Ministério Público fatos criminosos que deveriam ter sido contados nos depoimentos.  Segundo o UOL, Fachin informou que “não deve receber ninguém”.

A conclusão de que os delatores omitiram informações passou a ser investigada pela PGR na segunda-feira (4) a partir de gravações entregues pelos próprios delatores como forma de complementação do acordo, firmado também com Ricardo Saud, ex-executivo da empresa, e Francisco e Assis e Silva, advogado do grupo empresarial.

A PGR também suspeita que o ex-procurador da República Marcelo Miller atuou como “agente duplo” durante o processo de delação. Ele estava na procuradoria no período das negociações e deixou o cargo para atuar em um escritório de advocacia em favor da JBS.

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