19/10/2017 07:30:00 - Atualizado em 19/10/2017 07:34:00

Governo pode liberar cargos para barrar 2ª denúncia contra Michel Temer, diz jornal


(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O governo federal pode oferecer diversos cargos para deputados de partidos do chamado “centrão” com o objetivo de manter o apoio dos parlamentares na votação sobre a segunda denúncia contra o presidente da República Michel Temer. A informação é da edição desta quinta-feira (19) do jornal Folha de S. Paulo, que lista PP, PR, PTB e PRB como possíveis alvos da ação.

De acordo com a publicação, as nomeações de pessoas indicadas pelos políticos estavam ocorrendo lentamente. Com a demora para o preenchimento dos postos de órgãos como o Banco do Nordeste e o Ibama, deputados e siglas estariam ficando irritados com o governo federal, que teme uma possível deserção às vésperas da votação.

Na quarta-feira (18), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou por 39 votos favoráveis, 26 contrários e 1 abstenção o parecer do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) pela inadmissibilidade da segunda denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer, pelos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa. Os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria Geral da Presidência também são citados na denúncia pelo crime de organização criminosa.

A expectativa do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, é que o texto seja analisado no plenário da Casa até a próxima quarta-feira (25).

Para ter prosseguimento e seguir para o Supremo Tribunal Federal (STF), a denúncia precisa receber o apoio de, pelo menos, 342 deputados, o equivalente a dois terços do total de 513 parlamentares da Casa. Havendo autorização da Câmara para prosseguimento da denúncia, os ministros da Corte decidirão se o presidente Michel Temer vira réu. Nesse caso, ele será afastado do cargo por até 180 dias. O parecer teve 39 votos favoráveis, 26 contrários e 1 abstenção.

O parecer do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) opinou pela inadmissibilidade da segunda denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer, pelos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa, e contra os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência, pelo crime de organização criminosa.

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