22/11/2017 14:14:00 - Atualizado em 22/11/2017 18:17:00

Fraude dos Garotinho envolvia até uso de arma de fogo para obter vantagens, diz MP

Redação RedeTV

Alguns pontos sobre a prisão do ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, começam a ser explicados.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal apontam que Garotinho recebia dinheiro para suas campanhas de um esquema de contratos fraudulentos.

O ex-governador deixou o Quartel dos Bombeiros, para onde foi levado depois da ordem de prisão, e foi transferido para a Cadeia José Frederico Marques, em Benfica, onde estão figuras como Sérgio Cabral e Jorge Picciani.

As investigações apontam que o político cobrava propina de empresários em licitações da Prefeitura de Campos e depois cobrava dinheiro para que os contratos fossem honrados.

Segundo Ministério Público, após ser pressionado por Garotinho, Antonio Carlos (presidente do Partido Republicano) pediu que a JBS conseguisse mais R$ 4 milhões para a campanha, ficando combinado o pagamento de mais R$ 3 milhões em propina para para selar apoio do PR ao PT e ao PMDB. Esse dinheiro custeou despesas do grupo político de Garotinho sem a devida declaração.

Os promotores do MP afirmaram ainda que, entre janeiro de 2009 e dezembro de 2016, período em que Rosinha Matheus foi prefeita de Campos dos Goytacazes, os envolvidos na denúncia “associaram-se em organização criminosa, inclusive com o emprego de arma de fogo, de forma estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, com o objetivo de obter, direta e indiretamente, vantagens financeiras, inclusive sob a forma de doações eleitorais”.

Em novembro do ano passado, Garotinho foi preso em outro processo, acusado de chefiar um esquema de pagamento de R$ 11 milhões no programa social “Cheque Cidadão”em troca de votos. 

Depois da prisão, Anthony Garotinho passou mal e foi levado para o Hospital Souza Aguiar Na ambulância, ele resistiu à transferência para o Complexo de Gericinó, em Bangu. A imagem viralizou na internet. Depois de oito dias preso, ele foi solto por decisão do Tribunal Superior Eleitoral.

Em setembro deste ano, o Garotinho foi preso novamente por causa do programa Cheque Cidadão. Ele foi levado pela polícia quando apresentava o programa “Fala, Garotinho”, na Rádio Tupi. Ele cumpriu prisão domiciliar em Campos por 15 dias até ser liberado pela justiça eleitoral.

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