23/11/2017 07:01:00 - Atualizado em 23/11/2017 18:42:00

Ex-secretário da Casa Civil do Rio e empresários são alvos da PF em desdobramento da Lava Jato

Redação/RedeTV!


Régis Fichtner em imagem de arquivo (Foto: Divulgação)

A Operação C'est fini, deflagrada hoje (23) no Rio pela Polícia Federal (PF), cumpriu todos os cinco mandados de prisão preventiva, pedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. Segundo a PF, a ação ocorreu com base na delação premiada de Carlos Bezerra, um dos operadores da organização criminosa chefiada pelo ex-governador Sérgio Cabral.

Entre os presos estão Régis Fichtner, ex-chefe da Casa Civil de Cabral, o empresário Georges Sadala - suspeito de ser o operador financeiro do esquema montado pelo ex-governador - e os engenheiros Maciste Granha de Mello Filho e Henrique Alberto Santos Ribeiro, acusados de favorecimento no esquema de propina, que chegou a desviar R$ 21 milhões.

“Aliás, segundo o MPF demonstra, REGIS já realizou alguns movimentos suspeitos que demonstram a tentativa de impedir as investigações a seu respeito, como o encerramento de conta de email usualmente visto nas mensagens trocadas entre os integrantes das organizações criminosas”, afirma o documento que pede a prisão do ex-secretário.

A medida cautelar do juiz Marcelo Bretas é um desdobramento das operações Calicute e Eficiência. O objetivo é desmontar a organização criminosa responsável pela prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, envolvendo contratos para a realização de obras públicas, entre elas o arco metropolitano e a urbanização de grandes comunidades carentes da cidade, conhecida como PAC-Favelas.

Pesou para o pedido de prisão o fato de Fichtner exercer atualmente o cargo de procurador-assessor no gabinete do Procurador-geral do Rio de Janeiro. Isso o deixaria atuando dentro da administração pública mesmo enquanto é investigado.

De acordo com o documento do Ministério Público, Fichtner teria recebido pelo menos R$ 1,5 milhão em propina de repasses feitos em dinheiro vivo. Algumas das malas teriam sido recebidas por ele dentro do Palácio Guanabara, sede do governo estadual.

Segundo o depoimento do ex-assessor de Sérgio Cabral, Luiz Carlos Bezerra, Régis Fichtner teria recebido entregas em dinheiro por pelo menos quatro vezes entre 2013 e 2014. 

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