02/09/2015 11:23:00

Empresário não responde pergunta sobre participação de Dirceu em corrupção

Agência Câmara Notícias

O empresário Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura se recusou a dizer se representava o ex-ministro José Dirceu em negócios da Petrobras, em depoimento à CPI da Petrobras em Curitiba (PR). “Vou exercer meu direito de permanecer calado”, repetiu, em praticamente todas as perguntas. Com isso, ele também foi dispensado do depoimento.

Moura é apontado pela Polícia Federal como representante de Dirceu na Petrobras. Ele também foi acusado pelo empresário Milton Pascowitch de ter recebido R$ 5,3 milhões em propina de contrato de obras da Unidade de Tratamento de Gás Natural de Cacimbas, em Linhares (ES).

Pascowitch foi preso pela Operação Lava Jato, acusado de intermediar pagamento de propina de empresas contratadas pela Petrobras, como a Engevix, para diretores da estatal. Segundo ele, foi Moura quem indicou Renato Duque para a diretoria de Serviços da estatal.

As informações que Pascowitch forneceu à Justiça foram usadas para justificar a prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, a quem acusa de receber propina pelos contratos com a estatal. Dirceu, em depoimento à CPI da Petrobras na última segunda-feira (31), se recusou a responder as perguntas.

Pascowitch contou à Polícia Federal que Dirceu, por meio da empresa JD Consultoria, intermediou a contratação da Engevix pela Petrobras para a construção da unidade de tratamento de gás de Cacimbas, em Linhares, no Espírito Santo, um projeto de R$ 1,4 bilhão.

A Engevix é uma das empresas acusadas de formação de cartel e pagamento de propina a diretores da Petrobras e agentes políticos. A empreiteira participou de licitações para reforma das refinarias Abreu e Lima (PE) e Getúlio Vargas (PR).

Neste momento, a CPI realiza acareação entre o empresário Augusto Ribeiro Mendonça, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

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