17/05/2017 21:52:00 - Atualizado em 18/05/2017 08:15:00

Em nota oficial, Temer nega compra de silêncio de Eduardo Cunha

Redação/RedeTV!

(Foto: Agência Brasil)

Em nota oficial, divulgada na noite de quarta-feira (17), o presidente Michel Temer negou as acusações de que teria dado aval à compra do silêncio de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro, presos durante a Operação Lava Jato.

Temer confirmou ter se encontrado com os donos da JBS, os irmãos Joesley e Wesleu Batista, mas nega que tenha havido qualquer " diálogo que comprometesse [sua] conduta".

Confira o texto na íntegra:

"O presidente Michel Temer jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Não participou e nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar. O encontro com o empresário Joesley Batista ocorreu no começo de março, no Palácio do Jaburu, mas não houve no diálogo nada que comprometesse a conduta do presidente da República

O presidente defende ampla e profunda investigação para apurar todas as denúncias veiculadas pela imprensa, com a responsabilização dos eventuais envolvidos em quaisquer ilícitos que venham a ser comprovados."

Acusação

Dono da JBS, Joesley Batista teria afirmado em depoimento à Procuradoria Geral da União (PGR) que gravou uma conversa com Michel Temer no qual o presidente teria dado aval para comprar o silêncio do deputado Eduardo Cunha, preso desde outubro de 2016 pela Lava Jato. As informações foram divulgadas na tarde de quarta-feira (17) pelo jornalista Lauro Jardim no jornal "O Globo".

Segundo a publicação, Joesley teria ouvido do presidente, em março deste ano, que o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) resolveria "um problema" do grupo J&F, “holding” que controla a empresa JBS. Rodrigo Rocha teria sido gravado posteriormente recebendo uma mala com R$ 500 mil de Joesley.

De acordo com o "O Globo", Eduardo Cunha e o operador Lúcio Funaro estariam recebendo uma mesada na prisão para não se pronunciarem.

Junto com seu irmão Wesley Batista, Joesley teria ido ao gabinete do ministro Edson Fachin para firmar um acordo de delação premiada. A publicação afirma ainda que outros executivos do grupo também estariam envolvidos.

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