Dilma diz que déficit é ruim e não descarta CPMF
ReutersBRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff reconheceu nesta quarta-feira que o déficit primário previsto no Orçamento enviado por seu governo ao Congresso é ruim e não descartou a recriação da CPMF e outras fontes de arrecadação para combater o rombo nas contas públicas.
Dilma também saiu em defesa do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ao afirmar que ele não está "isolado" ou "desgastado" dentro do governo, buscando empurrar para longe as especulações de que ele poderia estar perdendo espaço na condução da política econômica.
Em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto, a presidente disse que o governo assume a responsabilidade na busca de uma solução para o déficit e que enviará propostas neste sentido ao Congresso.
Diante das dificuldades enfrentadas para reequilibrar as contas públicas, o governo estuda a criação de um novo tributo nos moldes da extinta Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), que taxa todas as movimentações bancárias.
Dilma disse ainda que o governo está sendo "transparente" ao enviar para o Congresso uma peça orçamentária para o ano que vem que prevê um déficit primário inédito de 30,5 bilhões de reais.
"Nós vamos buscar reduzir esse déficit que está ocorrendo. Nós estamos evidenciando que há um déficit. Estamos sendo transparentes e mostrando claramente que tem um problema", disse Dilma, que previu que a inflação será reduzida no futuro e que o crescimento econômico será retomado com os investimentos em energia e infraestrutura e com o aumento das exportações.