01/05/2016 14:48:00 - Atualizado em 01/05/2016 15:38:00

Dilma anuncia reajuste do Bolsa Família e diz que opositores 'rasgam a Constituição'

Redação/RedeTV!

Às vésperas da votação do impeachment no Senado, a presidente Dilma Rousseff anunciou as medidas do chamado 'pacote de bondades' em evento da CUT (Central Única dos Trabalhadores), no Vale do Anhangabaú, na região central de São Paulo.

Ao anunciar o reajuste do Bolsa Família que, segundo a presidente, vai resultar em um aumento médio de 9% para as famílias, Dilma fez questão de ressaltar que a proposta estava prevista desde agosto de 2015, quando o Orçamento foi enviado para aprovação ao Congresso. 

Além do programa social, Dilma destacou ainda a correção da tabela do Imposto de Renda sobre pessoa física e a ampliação na licença-paternidade para funcionários públicos de 5 para 20 dias de folga após o nascimento de filhos. 

A presidente também afirmou que o programa 'Mais Médicos' será prorrogado por mais três anos.

Após ser defendida por líderes sindicais presentes no evento, Dilma Rousseff iniciou seu discurso reconhecendo que o impeachment está previsto na Constituição, mas negou ter cometido crime de responsabilidade. Desta forma, seu afastamento seria ilegítimo.

"Como eu não tenho conta no exterior, jamais utilizei recurso público em causa própria e não embolsei dinheiro do povo brasileiro, eles tiveram que inventar o crime", afirmou.

A presidente ressaltou que os opositores não têm base para impeachment e, por isso, encara o processo como um golpe. "Eles rasgam a Constituição", disparou.

Sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), Dilma o acusou de "principal agente de desestabilização" do seu governo. 

Segundo a presidente, Cunha impediu a aprovação de propostas do governo e, por isso, é diretamente responsável pela grave crise da economia brasileira e pelo aumento do desemprego. 

"Ele queria se ver livre do seu processo de cassação na Câmara e tentou convencer o PT a dar votos para impedir isso. Quando o PT se recusou, ele nos ameaçou", garantiu.

Dilma Rousseff afirmou ainda que foi acusada de algo que não participou mas que, segundo os opositores, deveria saber. "Chega nesse nível o absurdo", disse.

A presidente destacou que, caso o PMDB assuma o poder, os trabalhadores perderão direitos.

Segundo Dilma, Michel Temer tem a proposta de acabar com a política de valorização do salário mínimo e reajuste dos aposentados, além de uma série de privatizações.

Ao encerrar o discurso, a presidente concluiu dizendo que permanecerá no cargo até o fim. "Eu resistirei", finalizou.

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