25/03/2024 13:51:00 - Atualizado em 25/03/2024 16:52:00

Diferença salarial: Mulheres recebem 19,4% a menos que os homens, segundo Relatório de Transparência Salarial

Agência Brasil

Documento confirma desigualdade entre mulheres e homens em empresas com 100 ou mais empregados

(Foto: Pixabay) 

O 1º Relatório de Transparência Salarial revelou que as mulheres ganham 19,4% a menos do que os homens no Brasil. O documento foi apresentado pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE), nesta segunda-feira (25) e traz os principais dados extraídos das informações enviadas pelas empresas. 

Para o documento foram analisadas informações de 49.587 empresas com 100 ou mais funcionários, que somam quase 17,7 milhões de empregados.

O relatório também aponta que as mulheres negras, além de estarem em número menor no mercado de trabalho, recebem menos do que as mulheres brancas. Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 3.040,89, a da não negra é de R$ 4.552,45, diferença de 49,7%. Já, no caso dos homens, os negros recebem em média R$ 3.843,74 e os não negros, R$ 5.718,40, o equivalente a 48,77%.

O balanço ainda contém informações que indicam se as empresas têm políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres, planos para promoção de cargo e aumento de salários. O relatório registrou que 51,6% das empresas possuem planos de cargos e salários e 26,4% adotam incentivos para contratação de mulheres negras. No entanto, apenas 20,6% das empresas possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 23,3% incentivam o ingresso de mulheres com deficiência, e apenas 5,4% têm programas específicos de incentivo à contratação de mulheres vítimas de violência. Além disso, poucas empresas ainda adotam políticas como licença maternidade ou paternidade estendida (17,7%) e auxílio-creche (21,4%).

A partir dos dados é possível perceber até mesmo uma diferença salarial vinculada aos estados, visto que o estado do Piauí tem a menor desigualdade salarial entre homens e mulheres, já que elas recebem 6,3% a menos do que eles, em um universo de 323 empresas, que totalizam 96.817 ocupados e a remuneração média é de R$ 2.845,85.

Na sequência, estão os estados com menor desigualdade salarial entre homens e mulheres o estado de Sergipe e o Distrito Federal, onde as mulheres recebem 7,1% e 8% menos do que os homens. Em Sergipe, a remuneração média é de 2.975,77. E no Distrito Federal é a maior do pais, chegando a R$ 6.326,24.

A maior desigualdade salarial no Brasil acontece no Espírito Santo, onde as mulheres recebem 35,1% menos do que os homens, além do Paraná (66,2%), Mato Grosso do Sul (67,4%) e Mato Grosso (68,6%). 

Além disso, a disparidade em São Paulo é a maior, visto que o estado possui o maior número de empresas participantes, com 16.536 companhias. Porém, as mulheres recebem 19,1% menos do que os homens, com uma remuneração média que chega a R$ 5.387.

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