20/04/2017 06:45:00

Delatores revelam que início da Lava Jato não acabou com compra de Medidas Provisórias

Redação/RedeTV!

O início dos trabalhos do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF) na Operação Lava Jato, em março de 2014, não impediram a Odebrecht de continuar pagando propina e caixa dois a políticos em troca de aprovações de Medidas Provisórias (MPs). De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a informação consta nos depoimentos de alguns ex-executivos da empreiteira que fecharam acordo de delação premiada.

A empresa teria seguido com os repasses de dinheiro ilícito até meados de 2015, quando pelo menos 20 atos do Executivo e do Legislativo já haviam sido editados ou aprovados. Um dos últimos pagamentos efetuados pela Odebrecht seria referente à aprovação de uma Medida Provisória que prorrogou contratos de energia de indústrias instaladas na região Nordeste do Brasil.

Em contrapartida à MP, segundo o delator Claudio Melo Filho, foram oferecidas contribuições para a campanha do governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB). Seu pai, o senador Renan Calheiros (PMDB), foi “forte apoiador” da renovação dos contratos, afirma o ex-executivo da Odebrecht em seu depoimento.

Melo Filho aponta Romero Jucá (PMDB-RR) como seu principal interlocutor dentro do Congresso Nacional. Ao senador peemedebista, teriam sido repassados R$ 22 milhões. Esse montante ainda seria dividido entre Calheiros, então presidente do Senado, e seu sucessor na cadeira, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

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