21/04/2018 16:22:00

Delator diz que Cabral pediu propina após deixar governo do Rio de Janeiro

Redação/RedeTV! com Agência Brasil


(Foto: ABr/Arquivo)

O operador Carlos Miranda afirmou que o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (MDB), pediu o pagamento de propina mesmo após deixar o cargo. De acordo com o G1, o depoimento de Miranda faz parte de seu acordo com o Ministério Público Federal (MPF) de delação premiada.

Segundo o relato, o emedebista negociou com o empresário Marco Antonio de Luca o pagamento de propina após abril de 2014, quando o então governador fluminense deixou o cargo. A contrapartida seria a indicação de De Luca para ser fornecedor do comitê que cuidou da Olimpíada realizada no Rio, em 2016.

Empresas ligadas a Marco Antonio de Luca tiveram pelo menos seis contratos ligados aos jogos olímpicos, segundo o MPF. O empresário foi um dos alvos da Polícia Federal (PF) na Operação Ratatouille, deflagrada em junho de 2017. Na ocasião, ele foi preso.

Cabral

Na sexta-feira (20), a juíza federal Caroline Figueiredo, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, tornou Sérgio Cabral réu pela 23ª vez, em desdobramento da Operação Lava Jato. Desta vez, o ex-governador e mais 25 pessoas são acusadas de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Operação Pão Nosso– deflagrada no mês passado, que revelou ramificação da organização criminosa em contratos da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).


Cabral responde por corrupção passiva por, de acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, ter aceitado promessa e recebido pelo menos R$ 1 milhão do então secretário da Seap, o coronel reformado da Polícia Militar César Rubens Monteiro de Carvalho, e do ex-subsecretário Marcos Vinicius Lips, que também viraram réus. Mesmo com diversas irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), o então secretário à época renovou o fornecimento de refeições para os presídios com a empresa Induspan, de propriedade de Carlos Felipe Paiva, outro denunciado no esquema.

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