05/04/2017 05:43:00 - Atualizado em 05/04/2017 06:11:00

Delator da Odebrecht acusa caixa dois para ex-ministro de Dilma e Temer, diz jornal

Redação RedeTV!

O presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Cunha Reis teria afirmado, em acordo de delação premiada da Lava Jato, que o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB) recebeu R$ 2 milhões em caixa dois para a campanha ao governo do Rio Grande do Norte em 2014. A informação é do jornal Folha de São Paulo. Alves foi derrotado no segundo turno por Robinson Faria, do PSD. 

Henrique Eduardo Alves foi ministro do Turismo de Dilma Rousseff (PT) entre abril de 2015 e março de 2016, mas deixou a pasta para apoiar o impeachment da ex-presidente. Quando Michel Temer (PMDB) assumiu o Planalto, Alves foi reconduzido à pasta em maio de 2016, mas apenas um mês depois se demitiu em virtude de seu nome ter cido citado na delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

De acordo com o jornal, os R$ 2 milhões, em dinheiro vivo, foram entregue ao ex-ministro em uma reunião em que estava, também, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), que hoje está preso em Curitiba. O encontro teria ocorrido em 6 de setembro de 2014 no gabinete de Cunha, na Câmara dos Deputados de Brasília. 

O nome de Henrique Eduardo Alves teria aparecido, ainda, durante a Operação Acarajé, um desdobramento da Lava Jato, em uma planilha apreendida na casa de Benedicto Júnior, ex-diretor de Infraestrutura da Odebrecht. 

A Folha afirma que, por meio do advogado Marcelo Leal, Henrique Eduardo Alves teria negado o recebimento de doação ilegal por intermédio de caixa dois. Já Ticiano Figueiredo, responsável pela defesa de Eduardo Cunha, teria classificado as delações da Odebrecht como “um apanhado de afirmações desprovidas de provas". A empreiteira Odebrecht teria dito, mais uma vez, que não se manifesta acerca de depoimentos de pessoas físicas e reafirmado o compromisso de colaborar com as investigações. 

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