26/11/2015 20:57:00 - Atualizado em 26/11/2015 20:59:00

Cunha diz que pode decidir até 2ª-feira sobre pedidos de impeachment de Dilma

Reuters

Os pareceres sobre os pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff estão prontos, disse nesta quinta-feira o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que afirmou também ser "possível" que decida sobre esses pedidos até segunda-feira.

Cunha havia afirmado anteriormente que despacharia todos os pedidos de impedimento da Dilma até o final deste mês e, indagado nesta quinta se o prazo estava mantido, lembrou que o mês acaba na segunda e adotou ar de mistério sobre se cumprirá o prazo.

"Novembro ainda não acabou. Quem sabe segunda-feira? Novembro acaba segunda, não estou ainda inadimplente, você pode cobrar a partir de segunda", disse o parlamentar.

Questionado se, portanto, decidiria sobre os pedidos de impeachment até a próxima segunda-feira, Cunha respondeu: "É possível, é possível".

Cabe a Cunha, como presidente da Câmara, dar ou não andamento a um pedido de impedimento da presidente.

Entre os pedidos pendentes de análise está o elaborado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal.

Essa peça tem o apoio da oposição e é baseada, entre outros pontos, nas chamadas "pedaladas fiscais", já condenadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), e em indícios apontados pelo Ministério Público junto ao órgão de contas de que essas manobras tiveram continuidade neste ano.

Cunha rompeu com o governo Dilma depois de ser acusado por um delator da Lava Jato de ter recebido 5 milhões de dólares do esquema de corrupção na Petrobras.

Ele é alvo de denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF) por conta dessa acusação e também responde a inquérito, autorizado pelo Supremo, por conta da existência de contas bancárias em seu nome e de familiares na Suíça.

Responde ainda a um processo que pede a cassação de seu mandato no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro, acusado de mentir em depoimento à CPI da Petrobras quando negou ter contas no exterior. Documentos dos Ministérios Públicos do Brasil e da Suíça apontaram a existência das contas no nome do peemedebista no país europeu.

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