18/03/2017 17:42:00 - Atualizado em 18/03/2017 17:46:00

'Carne Fraca: PSOL pede ao Ministério Público para investigar ministro da Justiça

Redação RedeTV!

O ministro Serraglio (Foto: Câmara dos Deputados)

O PSOL ingressou com representação no Ministério Público para investigar possível tráfico de influência exercido pelo ministro da Justiça, Osmar Serraglio, em benefício a partidos da base do governo. As informações são do site Paraná Portal. 

“Diante da notícia de que grandes frigoríficos de atuação nacional exerciam influência direta no Ministério da Agricultura colocando em risco a segurança alimentar da população brasileira por meio da distribuição e venda de carne com produtos cancerígenos e até vencida, com intuito de beneficiar financeiramente o partido político do governo, PMDB, e da base aliada, PP, o PSOL ingressou com uma representação no Ministério Público", informa a nota.

O requerimento tem por objetivo que a investigação comece imediatamente - feira pela Procuradoria Geral da República.

O partido ainda estuda ingressar em órgãos como o Conselho de Ética da Presidência da República e a Corregedoria da Câmara dos Deputados. A legenda também anunciou que começa, na segunda-feira, a colher assinaturas para uma CPI.

Serraglio teve um áudio vazado em que chama o fiscal agropecuário Daniel Gonçalves, superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná entre 2007 e 2016, de "grande chefe".

A Operação Carne Fraca aponta Daniel como "líder da organização criminosa". A força-tarefa informou que a conversa entre os dois tratava de problemas que um Frigorífico de Iporã teria com a fiscalização do Ministério da Agricultura (o Frigorífico Larissa fica na mesma cidade).

O Larissa pertence ao empresário Paulo Sposito, candidato a deputado federal por São Paulo em 2010. "Logo após falar com Serraglio, Daniel ligou para Maria do Rocio, contando-lhe que o fiscal de Iporã quer fechar o Frigorífico Larissa daquela localidade", informa a decisão.

"Ele pede a ela que averigue o que está acontecendo e lhe ponha a par. Ela então obedece à ordem e em seguida o informa de que não tem nada de errado lá, está tudo normal, informação depois repassada a Osmar Serraglio", conclui a PF.

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