13/11/2018 17:09:00 - Atualizado em 13/11/2018 17:38:00

Bolsonaro diz que Trabalho "vai continuar com status de ministério"

Redação/RedeTV! com Agência Brasil

(Foto: Agência Brasil)

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou nesta terça-feira (13) que o Trabalho manterá status de ministério e será unido a outra pasta que ainda não foi definida. 

"Vai continuar com status de ministério, não vai ser secretaria não. Vai ficar junto com outra pasta", disse o futuro mandatário em entrevista coletiva na saída da visita ao Superior Tribunal Militar, em Brasília.

Bolsonaro, contudo, acrescentou que ainda não tem informações sobre como isso será feito. "Eu não sei como vai ser, está tudo com Onyx Lorenzoni [ministro extraordinário da transição] e mais algumas pessoas que trabalham nessa área, e temos tempo para definir”, disse o presidente eleito. “A princípio é o enxugamento do ministério, ninguém está menosprezando o Ministério do Trabalho, está apenas sendo absorvido por outra pasta."

Bolsonaro negou que o Ministério do Trabalho será agregado à Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) no futuro Ministério da Economia. “Indústria e comércio está lá no superministério do Paulo Guedes, botar mais o Trabalho lá acho que fica muito pesado."

O presidente eleito deixou o STF e seguiu de helicóptero até o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde está a equipe de transição para o novo governo. De acordo com assessores, ele ficou apenas alguns minutos no local e foi para o apartamento funcional na Asa Norte.

Discurso

Em um breve discurso no TST, Bolsonaro reiterou que o país deve ser administrado de forma conjunta e sinalizou que defende mudanças na legislação trabalhista para promover geração de empregos. Segundo ele, o desemprego é um “problema seríssimo”.

“Sozinho, nada conseguiremos. O Brasil enfrenta um problema seríssimo, o desemprego. E o que nós pudermos, em conjunto, aperfeiçoarmos a legislação e que esse impasse seja resolvido, vossa excelência pode contar comigo e eu tenho certeza que conto com vossa excelência também”, disse ao presidente do TST, João Batista Brito Pereira.

Pacificação

O presidente eleito acrescentou que não pretende fazer mudanças sem consultar antes a Constituição. Segundo ele, é preciso deixar o “espírito aguerrido” das eleições e buscar soluções para o Brasil.

“Quem primeiro deve dar o passo de pacificação somos nós para que não tenhamos problema lá na frente com outros tribunais. Os senhores são importantíssimos nessa questão trabalhista e nós pretendemos aprofundar esse laço de amizade”, disse.

História

Bolsonaro recebeu um catálogo sobre os 70 anos do TST e conversou em particular no gabinete com o presidente do tribunal, João Batista Brito Pereira. Segundo o magistrado, na conversa não foi mencionada a possibilidade de extinção do Ministério do Trabalho.

Pereira disse ainda que acredita que o governo de Bolsonaro não vai desrespeitar os trabalhadores. “Nós confiamos que o presidente Bolsonaro está muito seguro de que não fará mal aos trabalhadores e à administração pública de uma forma geral.”

O presidente do Tribunal disse ainda que, com o tempo, a reforma trabalhista será melhor assimilada pelos magistrados, especialistas e pela sociedade.

“A nossa preocupação é exercer bem a magistratura, julgar bem dentro dessas questões que estão aí nas novidades que vieram na reforma. Me parece que é uma boa reforma, porque trouxe inclusive novidades, e a novidade, às vezes, assusta num primeiro momento.”

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