BC não consegue operar um dia sem autonomia, diz Tombini
Célia Froufe, Rachel Gamarski e Bernardo Caram/AgêEle fez questão de diferenciar autonomia operacional de independência do BC e autonomia de juris, pela lei. Sobre o projeto que tramita na casa, Tombini afirmou que "o parlamento é quem melhor dirá" sobre o assunto. O tema ganhou muito destaque na campanha presidencial do ano passado.
Na audiência, Tombini voltou a dizer que a missão do Banco Central é levar a inflação para o centro da meta, de 4,5% ao ano, até o fim de 2016. Ele ressaltou que o Brasil cresceu 20% desde 2008 e saiu rapidamente da crise. "Precisamos agora reequilibrar a questão dos fluxos fiscais. É muito importante para retomar a confiança e as bases para a retomada do crescimento", afirmou.
Tombini disse ainda que o BC tem dado "uma grande atenção" ao sistema cooperativista de crédito e ressaltou que o número de cooperativistas tem crescido.
O presidente do Banco Central disse que, apesar das limitações do atual cenário econômico, a área de fiscalização é prioritária. A afirmação vem em meio a operações de investigação de casos que envolvem a lavagem de dinheiro, como a Zelotes e a Lava Jato.
"Em relação aos recursos humanos, estamos de fato com 4 mil funcionários no Banco Central e também somos supervisores e reguladores do sistema", disse. "Neste período de escassez, onde todo o governo, as autarquias, as agências reguladoras estão sofrendo o impacto da restrição orçamentária, estamos trabalhando para preservar ao máximo as atividades", ressaltou.