27/05/2016 08:45:00 - Atualizado em 27/05/2016 08:49:00

Áudios mostram que partidos financiaram movimento pró-impeachment

Redação/RedeTV!

(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Áudios revelados em reportagem do portal UOL mostram que o MBL (Movimento Brasil Livre) recebeu apoio financeiro de partidos políticos interessados no impeachment de Dilma Rousseff.

O dinheiro, doado por legendas como o PMDB e Solidariedade, teria sido investido pelo grupo que se definia apartidário na impressão de panfletos e uso de carros de som.

O PMDB teria financiado a impressão de panfletos para divulgação das manifestações pró-impeachment realizadas em 13 de março. 

Segundo o UOL, o presidente da Juventude do PMDB, Bruno Júlio, confirmou que foi solicitado o custeamento de 20 mil panfletos ao presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Moreira Franco, que negou a liberação da verba.

Em um áudio gravado em fevereiro de 2016, Renan Antônio Ferreira dos Santos, coordenador nacional do MBL, afirmou a colega do movimento que tinha fechado com partidos políticos para divulgar os protestos do dia 13 de março usando as "máquinas deles também".

Ao ser questionado pela reportagem do UOL, Renan admitiu a veracidade da gravação e destacou que o comitê do impeachment contava com lideranças de partidos como DEM, PSDB, Solidariedade e PMDB.

A assessoria de imprensa do Solidariedade confirmou a ajuda ao MBL. O DEM informou que atuou em conjunto com o movimento, mas negou qualquer tipo de ajuda financeira ou apoio material. O Democratas também negou qualquer tipo de apoio financeiro, embora confirme que se uniu aos movimentos em favor do impeachment.

Em gravação feita no último dia 5, o secretário de Mobilização da Juventude do PSDB do Rio de Janeiro, Ygor Oliveira, fala sobre uma "parceria com o MBL" aos colegas de partido.

A ideia seria financiar uma manifestação realizada em 11 de maio, em Brasília, durante a votação do impeachment no Senado.

Ao UOL, Oliveira afirmou que a gravação é autêntica, mas destacou que a perceria acabou não se concretizando. 

O coordenador nacional do movimento, Renan Santos, afirmou em nota que "o MBL não criminaliza a política nem os políticos. A aproximação com as lideranças (políticas) foi fundamental para pavimentar o caminho do impeachment".

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