15/03/2018 07:37:00 - Atualizado em 15/03/2018 10:56:00

Assassinos sabiam lugar exato que vereadora Marielle Franco ocupava no carro, diz polícia

Redação/RedeTV! com ANSA


(Foto: Reprodução/Instagram)

Os policiais que investigam o assassinato da vereadora vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) avaliam que os criminosos tinham conhecimento do lugar exato que ela ocupava no carro no momento do crime. Segundo o jornal O Globo, agentes da Divisão de Homicídios (DH) informaram que a vereadora estava sentada no banco traseiro, à direita.

A polícia já recolheu as imagens de câmeras de segurança instaladas na região para analisar o caso.

O trajeto dos disparos ocorreu de trás para frente do automóvel, atravessando a lateral traseira. O motorista Anderson Pedro Gomes estava na linha de tiro, foi atingido e também morreu. A polícia trabalha com a hipótese de execução.

A assessora de imprensa de Marielle Franco também estava no veículo e sofreu escoriações e ferimentos leves depois de atingida por estilhaços das balas. Ela prestou depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital e deixou o local cerca de cinco horas depois.

O caso

Marielle, de 38 anos, uma conhecida ativista do movimento negro e crítica da violência policial no Rio de Janeiro. Ela estava dentro de um carro no bairro de Estácio, centro da capital fluminense, quando criminosos emparelharam outro veículo e abriram fogo. O motorista do automóvel onde estava a vereadora, Anderson Pedro Gomes, também morreu.

As características do crime - uma emboscada sem roubo - apontam para a hipótese de execução, que é a principal linha de investigação da polícia. Ao menos nove cápsulas de bala foram achadas ao lado do carro da vereadora, que voltava de um encontro com jovens negras.

O deputado estadual do Psol Marcelo Freixo foi ao local do crime e disse que não sabia de nenhuma ameaça contra Marielle, mas ressaltou que as características de execução são "muito nítidas".
Nascida e criada na favela da Maré, Marielle foi a quinta vereadora mais votada nas eleições municipais de 2016, com 46.502 votos. Nos últimos dias, postou mensagens nas redes sociais denunciando a violência policial no Rio.

"Mais um homicídio de um jovem que pode estar entrando para a conta da PM. Matheus Melo estava saindo da igreja. Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?", escreveu no Facebook. Ela também chamou o 41º Batalhão da Polícia Militar de "Batalhão da Morte" por causa de denúncias de crimes no bairro de Acari.

Marielle também era crítica da intervenção militar do Governo Federal na segurança pública do Rio de Janeiro.

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