20/10/2017 07:11:00

Aécio Neves sinaliza a aliados que deixará presidência do PSDB, diz jornal

Redação/RedeTV! com Agência Brasil


(Foto: Ag. Senado)

O senador Aécio Neves deve abrir mão da presidência nacional do PSDB. De acordo com reportagem da edição desta sexta-feira (20) do jornal Folha de S. Paulo, o político já sinalizou a aliados e pessoas próximas a intenção de deixar o cargo.

De acordo com a publicação, o senador chegou a cogitar deixar a presidência do partido na quarta-feira (18), mas recuou após declarações do atual presidente interino da legenda, Tasso Jereissati, que defendeu a renúncia de Aécio. Um membro do partido tucano, segundo a Folha, teria dito que o senador “está estarrecido” com o que chamou de truculência do companheiro de sigla.

Aécio Neves também teria pensado em esperar a convenção nacional do PSDB, em dezembro, para deixar a presidência do partido. No entanto, correligionários defendem que ele o faça imediatamente para que possa se dedicar à sua defesa.

Aécio está afastado da presidência do partido desde que teve seu nome envolvido na delação premiada feita por sócios e executivos da JBS.

Senado

Na terça-feira (17), o plenário do Senado decidiu reverter a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) e, com isso, pôs fim ao afastamento parlamentar do senador Aécio Neves, que havia sido imposto pelos ministros da Corte no último dia 26.

Com os votos de 44 senadores contra a manutenção das medidas cautelares e de 26 favoráveis, os parlamentares impediram o afastamento de Aécio, o seu recolhimento domiciliar noturno e reverteram a obrigação de entregar o passaporte. Não foram registradas abstenções.

A votação ocorreu após a maioria dos ministros do STF decidir, na semana passada, que o tribunal não pode afastar parlamentares por meio de medidas cautelares sem o aval do Congresso Nacional. No fim de setembro, a Primeira Turma da Corte havia decidido, por 3 votos a 2, afastar Aécio do exercício do mandato ao analisar pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito em que o tucano foi denunciado por corrupção passiva e obstrução de Justiça, com base nas delações premiadas dos executivos da J&F.

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