Refugiada síria de 15 anos luta pelo fim do casamento infantil
Redação RedeTV!(Foto: Divulgação/UNHCR/Annie Sakkab)
Depois de ver sua melhor amiga tornar-se mais uma vítima do casamento forçado, a refugiada síria Omaima Hoshan, de 15 anos, decidiu ajudar na luta pelo fim dessa prática que afeta milhares de crianças e adolescentes todos os anos.
Em 2012, quando tinha apenas apenas 11 anos, Omaima foi forçada a deixar a Síria e passou a viver com outros 80 mil refugiados no campo de Zaatari, na Jordânia. Um ano depois, ela começou a reparar que muitas as meninas de 12 ou 13 anos iam até a escola local para se despedir. O motivo? Estavam se casando.
Omaima, cuja principal inspiração é a história de Malala, entendeu tudo aquilo quando a viu a amiga de 14 anos ser obrigada pelos pais a se casar com um homem mais velho. Determinada a tentar impedir situações como aquela, a jovem começou a conscientizar outros refugiados sobre o problema do casamento infantil.
Depois de muita pesquisa, no ano passado ela começou a explicar para as meninas e também para os pais delas por que o deixar os estudos em troca de um casamento precoce não é uma boa ideia.
Em sua luta, que ainda inclui aulas de desenho e atuação, Omaima já conseguiu convencer muitas meninas a optarem pela continuidade na escola, e diz estar feliz por isso. "Fico orgulhosa por estar fazendo fazendo algo para ajudar outras meninas e abordar esse problema", declara.
Em 2011, antes da guerra na Síria, aproximadamente 13% dos casamentos no país envolviam um menor de 18 anos. Entre os refugiados sírios que vivem atualmente na Jordânia, esse número saltou para 32% nos primeiros quatro meses de 2014.
(Foto: Divulgação/UNHCR/Annie Sakkab)
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