21/11/2015 10:47:00

Putin quer luta global contra terrorismo após 19 mortes em ataque no Mali

2015-11-21 12:39:34 GMT+00:00 - Reuters

Por Tiemoko Diallo e Adama Diarra

BAMAKO (Reuters) - O presidente russo, Vladimir Putin, disse neste sábado que é necessária a cooperação global para enfrentar o terrorismo, após o ataque de militantes islâmicos contra estrangeiros em um hotel de luxo no Mali, que matou 19 pessoas.

Entre os mortos estão seis funcionários da companhia aérea regional russa Volga-Dnepr, informou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia neste sábado.

O ataque de sexta-feira no hotel Radisson Blu, em Bamako, ocorreu uma semana após uma série de ataques em Paris reivindicados pelo Estado Islâmico e que mataram 130 pessoas. Também na sexta-feira, a França estendeu o estado de emergência do país até fevereiro, enquanto a polícia segue com as operações e investigações, que já contam com mais de 250 detidos.

O derramamento de sangue no Mali, uma ex-colônia francesa, foi o mais recente sinal dos problemas enfrentados pelas tropas francesas e de forças da ONU que têm por objetivo restaurar a segurança em um Estado do oeste da África que luta por anos contra rebeldes e militantes em seu deserto.

O ataque no hotel Radisson Blu, reivindicado pelos grupos jihadistas Al Mourabitoun e Al Qaeda no Magrebe Islâmico, acabou quando forças de segurança do Mali invadiram o prédio e resgataram 170 pessoas, muitas delas estrangeiras.

De acordo com o presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, dois militantes foram mortos na operação de comando.

O governo de Keita aumentou a segurança em pontos estratégicos em torno de Bamako, no início de um estado de emergência de 10 dias.

Em um telegrama de condolências ao presidente Keita, o presidente Putin diz que ?uma cooperação internacional mais ampla é necessária" para enfrentar o terrorismo global, de acordo com um comunicado do Kremlin.

Na terça-feira, Putin prometeu caçar os rebeldes islâmicos responsáveis ??pela explosão de um avião russo enquanto sobrevoava o Egito em 31 de outubro, bem como intensificar os ataques aéreos contra os rebeldes na Síria, após o Kremlin concluir que foi uma bomba a responsável pela destruição do avião que matou 224 pessoas.

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