20/10/2019 22:00:00 - Atualizado em 21/10/2019 07:14:00

Piñera estende toque de recolher: sobe para sete os mortos em protestos

Redação/RedeTV

Mais de 300 pessoas foram presas durante os protestos, que tiveram início do último dia 14

Os protestos no Chile, provocados pela decisão do governo de aumentar as tarifas do transporte público, se acentuaram neste domingo. Os confrontos entre manifestantes e forças de segurança tiveram novos capítulos e o número de mortos subiu para sete, confirmou o ministro do Interior do Chile, Andrés Chadwick. Com o agravamento da situação, o presidente Sebastian Piñera estendeu toque de recolher. 

Além da capital Santiago as cidades de Valparaíso e Concepción, também estão sob o toque de recolher, que começa a valer a partir das 19h (horário local). 

“A democracia não apenas tem o direito, mas também a obrigação de se defender usando todos os instrumentos que a própria democracia fornece e o Estado de Direito para combater aqueles que querem destruí-la”, afirmou o presidente. 

As primeiras manifestações começaram de forma pacífica, no dia 14, contra o aumento de preço do metrô de Santiago, que passaria do equivalente a US$ 1,12 para US$ 1,16. Com a repressão policial, houve confrontos, que resultou nos sete mortos e mais de 300 detidos, além de uma onda de incêndios e saques. 

Diante de protestos violentos, a capital do Chile, Santiago, amanheceu patrulhada por militares, o que não acontecia desde o final da ditadura do general Augusto Pinochet, em 1990.

Desde sexta-feira (18), entretanto, os protestos se intensificaram e os chilenos expressam insatisfação com as políticas do governo Piñera, com o sistema previdenciário chileno, administrado por empresas privadas, o custo da saúde, o deficiente sistema público de educação e os baixos salários em relação ao custo de vida. Ontem (19), o governo anunciou a suspensão do reajuste.

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