Nobel da Economia premia trio pelo combate à pobreza no mundo
Redação RedeTV! com Ansa BrasilEsthe Duflo, uma das vencedoras, é a segunda mulher a conquista o prêmio
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— The Nobel Prize (@NobelPrize) October 14, 2019
The 2019 Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel has been awarded to Abhijit Banerjee, Esther Duflo and Michael Kremer “for their experimental approach to alleviating global poverty.”#NobelPrize pic.twitter.com/SuJfPoRe2N
Os americanos Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer, autores de estudos sobre o combate à pobreza, conquistaram nesta segunda-feira (14) o prêmio Nobel de Economia.
Segundo a Academia Real de Ciências da Suécia, os três economistas “introduziram uma nova abordagem para obter respostas confiáveis sobre os melhores modos de se combater” a pobreza.
De acordo com a entidade, em duas décadas, as pesquisas de Banerjee, Duflo e Kremer “transformaram a economia do desenvolvimento, que se tornou agora um fértil campo de estudos”.
Banerjee, nascido na Índia, e Duflo, que também tem nacionalidade francesa, são professores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), enquanto Kremer dá aulas em Harvard. Duflo, 46 anos, é também a segunda mulher na história a conquistar o Nobel de Economia e a pessoa mais jovem a ganhar o prêmio.
A honraria tem o nome oficial de Prêmio de Ciências Econômicas do Banco da Suécia em Memória de Alfred Nobel e não fazia parte dos planos originais do criador do Nobel, mas hoje integra o calendário de premiações. Os vencedores dividirão uma cifra de 9 milhões de coroas suecas, o equivalente a cerca de R$ 3,7 milhões.
Confira os outros vencedores do Nobel de 2019
Paz: A Academia Sueca concedeu ao primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmedi, de 43 anos, o Prêmio Nobel da Paz pelos seus esforços para alcançar a paz na Eritreia. “O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, foi este ano galardoado com o Prêmio Nobel da Paz pelos esforços para alcançar a paz e a cooperação internacional e, em particular, pela sua iniciativa decisiva para resolver o conflito fronteiriço com a vizinha Eritreia”, afirmou o Comitê, em nota.
A Etiópia e a Eritreia são inimigos de longa data, tendo travado uma guerra na fronteira entre 1998 e 2000 e restaurado as relações apenas em julho de 2018, após décadas de hostilidade. O júri destacou o “importante trabalho [de Ahmed] para promover a reconciliação, a solidariedade e a justiça social”.
Literatura: Olga Tokarczuk ganhou o prêmio referente ao ano de 2018, quando a academia cancelou a premiação após um escândalo sexual. Peter Handke levou também o Nobel, mas referente a este ano.
Química: John B. Goodenough, M. Stanley Whittingham e Akira Yoshino foram honrados pelo desenvolvimento de baterias de íons de lítio.
Física: Os cientistas James Peebles, Michel Mayor e Didier Queloz foram premiados por suas contribuições para a compreensão do universo e pela descoberta do primeiro planeta fora do Sistema Solar que orbita uma estrela semelhante ao Sol.
Medicina: William Kaelin, Gregg Semenza e Sir Peter Ratcliffe venceram o prêmio pelo estudo sobre como as células detectam e se adaptam à disponibilidade de oxigênio.