16/08/2018 08:57:00 - Atualizado em 16/08/2018 09:27:00

Mais de 300 jornais norte-americanos se unem contra Trump

Arthur Henrique - Redação/RedeTV!

Mais de 300 jornais dos Estados Unidos, entre eles o The New York Times, Dallas Morning News, o The Denver Post, o The Philadelphia Inquirer e o Chicago Sun-Times, publicaram nesta quinta-feira (15) editoriais em defesa da liberdade de expressão e de imprensa.

A campanha, que utiliza hashtags como #FreePress (Imprensa Livre, em português) e #EnemyOfNone (Inimigos de ninguém, em tradução livre) sãu uma reação às afirmações do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre chamar as empresas do ramo de 'fake news' e de que os veículos de imprensa são “inimigos do povo”.

Em comício no dia 2 de agosto, Trump se virou aos profissionais da imprensa e disse que eles "só inventam histórias": "O que aconteceu com a imprensa livre e areportagem honesta?", questionou.

As tensões somente se agravaram quando o repórter Jim Acosta, da emissora de notícias CNN, abandonou a entrevista coletiva após a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, não responder sobre questões relacionadas à afirmação de Trump de que a imprensa é "inimiga do povo".

A campanha foi organizada pelo jornal The Boston Globe, que inspirou o filme "Spotlight", vencedor do Oscar de 2016. Desde então, ganhou a adesão tanto de publicações de peso, como o The New York Times, quanto de jornais menores.

Marjorie Pritchard, editora da página editorial do The Boston Globe, disse que a resposta dos 300 veículos foi "esmagadora". "Alguns jornais grandesm aderiram, mas a maioria é de mercados menores, todos entusiasmados em enfrentar o ataque de Trump ao jornalismo", afirmou. 

A carapuça serviu mais do que deveria

Entretanto, alguns veículos da imprensa, de maioria favorável ao governo Trump, criticaram a reação coletiva e a campanha. O site TownHall.com, conhecido por seu apoio a atual gestão, publicou artigo afirmando que a iniciativa do jornal Boston Globe é uma "tentativa patética de achar que ainda é relevante".

"(A campanha) é, claramente, mentira. O presidente Trump, quando chamou alguém de fake news, se referiu a MSNBC. Se outras pessoas ou empresas se ofenderam, foi um exagero", afirmou o colunista do portal, Tom Tradup.

O The Wall Street Journal, outra publicação de grande peso nos EUA, preferiu "não tomar lados".

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