24/08/2016 20:42:00 - Atualizado em 25/08/2016 06:30:00

Itália segue busca por sobreviventes do terremoto e número de mortos passa de 240

Reuters com Redação/RedeTV!


(Foto: Reuters)

ACCUMOLI, Itália (Reuters) - Equipes de resgate estavam trabalhando noite adentro para tentar encontrar sobreviventes sob os destroços de cidades da região central da Itália arrasadas por um terremoto ocorrido nas primeiras horas desta quarta-feira, matando pelo menos 247 pessoas.

O terremoto de magnitude 6,2 destruiu casas e acabou com ruas em comunidades de uma região de montanhas 140 km a leste de Roma. O tremor foi forte o suficiente para ser sentido em Bolonha, ao norte, e Nápoles, ao sul, cada uma a mais de 220 km do epicentro.

"Esta noite vai ser a nossa primeira noite de pesadelo", disse Alessandro Gabrielli, uma das centenas de pessoas se preparando para dormir em tendas armadas pelos agentes de socorro em campos e estacionamentos, cada uma abrigando 12 pessoas cujas casas foram destruídas.

"Na noite passada, eu acordei com um som que pareceu uma bomba", acrescentou ele.

Agentes de socorro trabalhando com luz de emergência na escuridão salvaram uma menina de 10 anos, a retirando viva dos destroços, onde ela havia ficado cerca de 17 horas no vilarejo de Pescara del Tronto.

Muitas outras crianças não tiveram a mesma sorte. Na vila próxima de Accumoli, uma família de quatro pessoas, incluindo dois meninos de oito meses e nove anos, foram soterrados quando a casa deles caiu.

Enquanto os agentes retiravam o corpo do bebê, cuidadosamente coberto por uma colcha, a avó das crianças culpava Deus: "Ele levou todos eles de uma vez", lamentou ela.

O primeiro-ministro Matteo Renzi disse que o gabinete se reuniria na quinta-feira para decidir sobre medidas para ajudar as comunidades afetadas.

"Hoje é um dia para lágrimas. Amanhã podemos falar de reconstrução", disse ele à imprensa no fim da quarta-feira, quando anunciou que 120 corpos haviam sido encontrados, e 368 pessoas foram hospitalizadas.

Poucas horas depois, o número de mortes subiu para 247. Com pessoas ainda desaparecidas, o serviço de proteção civil alertou que esse número poderia aumentar mais.

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