12/10/2017 13:53:00 - Atualizado em 12/10/2017 15:35:00

Israel se junta aos EUA e anuncia saída da Unesco

Ansa com Redação/RedeTV!

O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou nesta quinta-feira (12) que ele deu instruções para "preparar" a retirada de Israel da Unesco, em paralelo com a saída dos Estados Unidos, que fez o anúncio nesta manhã.

"A decisão do presidente Trump é corajosa e moral, porque a Unesco se tornou um teatro do absurdo e porque, ao invés de preservar a história, ela a distorce", declarou o premier.

 A decisão dos EUA entrará em vigor no dia 31 de dezembro de 2018 e, após esse período, Washington se tornará "observador permanente" da entidade, segundo nota oficial divulgada pelo Departamento de Estado.

"Essa decisão não foi tomada levemente, e reflete as preocupaçõe dos Estados Unidos com o aumento das dívidas na Unesco, a necessidade de reformas fundamentais na organização e o continuo avanço anti-Israel na Unesco", disse o comunicado do governo americano.

Motivações

A decisão de Washington foi motivada pelas recentes resoluções da Unesco contra Israel, como aquela que retira do país a soberania sobre Jerusalém e outra que se refere a locais sagrados para judeus e muçulmanos apenas pelo nome islâmico.

Além disso, a entidade já condenou os assentamentos israelenses em Hebron, na Cisjordânia, declarada como "patrimônio histórico palestino". No entanto, a revista "Foreign Policy" especula que também tenha pesado para a decisão a dívida de US$ 500 milhões dos EUA com a Unesco.

A quantia se acumula desde 2011, quando o país suspendeu suas contribuições por causa do reconhecimento da Palestina como Estado-membro. As resoluções da Unesco também foram duramente criticadas por Israel e por alguns países europeus, inclusive a Itália, nos últimos meses, mas nenhuma dessas nações se retirou da entidade.

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