08/10/2015 20:23:00 - Atualizado em 08/10/2015 21:15:00

Documentos dos EUA mostram que Pinochet ordenou assassinato de Letelier, diz senador chileno

Reuters

Documentos dos Estados Unidos que deixaram recentemente de ser secretos fornecem evidências "conclusivas" de que o ditador chileno Augusto Pinochet ordenou a morte de um de seus principais opositores nas ruas de Washington em 1976, disse um dos filhos da vítima nesta quinta-feira.

Orlando Letelier foi assassinado junto com seu colega de trabalho norte-americano Ronni Moffitt, de 25 anos, por um carro-bomba no centro da capital norte-americana em 1976.

Agentes da Dina, a temida polícia secreta da era Pinochet, foram depois condenados pelo crime, que chocou os norte-americanos e intensificou a oposição ao regime militar no Chile.

Um dos condenados, o ex-diretor da Dina general Manuel Contreras, disse depois que suas ordens vieram do próprio Pinochet. Mas o ditador, que morreu em 2006 aos 91 anos, nunca enfrentou um julgamento completo por nenhum dos crimes cometidos e violações dos direitos humanos em seu governo (1973-1990).

Contreras morreu em 8 de agosto, após cumprir vários anos de sua condenação a 505 anos de prisão por crimes ligados a violações dos direitos humanos sob o governo militar.

Juan Pablo Letelier, senador chileno e filho de Orlando Letelier, disse que entre os documentos liberados estava um relatório da CIA destacando a alegada responsabilidade de Pinochet pela morte de seu pai.

O relatório foi aparentemente enviado a George Shultz quando era secretário de Estado dos EUA, disse Letelier. Shultz ficou à frente do Departamento de Estado norte-americano entre 1982 e 1989.

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