Combate em complexo siderúrgico de Mariupol acabou, diz Ucrânia
Redação RedeTV!Local era o último ponto de resistência na cidade; russos divulgaram imagens de soldados ucranianos rendidos
(Foto: AP)
A Ucrânia informou na segunda-feira (16) que os combates no complexo siderúrgico de Azovstal, em Mariupol, se encerraram. O local era o último ponto de resistência ucraniano na cidade mais afetada pela guerra iniciada em 24 de fevereiro.
O Ministério da Defesa da Rússia divulgou imagens de 265 soldados ucranianos se rendendo no complexo. As forças russas há dias exigiam que a resistência no local cessasse.
A medida foi tomada a fim de poupar a vida dos soldados que por muito tempo lutaram na região. “ A guarnição de Mariupol cumpriu sua missão de combate”, informou o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia.
Segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, há diversos militares gravemente feridos no complexo. De acordo com a vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Anna Malyar, são 53 neste estado.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.
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