12/12/2016 12:51:00 - Atualizado em 12/12/2016 13:16:00

Após realizar último desejo, menino doente morre nos braços de Papai Noel

Redação RedeTV!

(Foto: Reprodução/Facebook)

"Chorei no caminho todo para casa". É assim que o norte-americano Eric Schmitt-Matzen descreve, em entrevista ao USA Today, sua reação após um garoto de cinco anos, em estado terminal, morrer nos seus braços após realizar o último desejo: conhecer o Papai Noel.

Todos os anos, o norte-americano Schmitt-Matzen, de 60 anos, combina sua barba longa e branca com uma roupa vermelha e encarna o bom velhinho para eventos natalinos em shoppings e hospitais.

Semanas atrás, no entanto, ele fez parte de algo maior: realizou o último desejo de um garotinho que acabou falecendo ainda em seus braços. "Eu tinha acabado de chegar em casa do trabalho naquele dia, quando o telefone tocou. Era uma enfermeira que eu conheço, que trabalha em um hospital. Ela me disse que lá havia um garotinho muito doente, de cinco anos, que queria ver o Papai Noel", relembra em entrevista à USA Today. "Eu disse: 'ok, só me deixe trocar de roupa', mas ela respondeu: 'não há tempo pra isso. Seus suspensórios de Papai Noel são suficientes. Venha para cá agora'".

Seguindo o comando, ele foi imediatamente ao hospital em Knoxville, no Tennessee (Estados Unidos), e recebeu da mãe do menino um presente que ela havia comprado para que o Papai Noel entregasse pessoalmente.

(Foto: Reprodução/Facebook)

Antes de entrar no quarto, que tinha uma janela para o corredor, o idoso avisou: "Se vocês acham que não vão aguentar, por favor saiam do quarto. Se eu ver vocês chorando, eu vou desabar junto e não poderei fazer meu trabalho".

Assim, com seu rosto naturalmente natalino e presente nas mãos, ele entrou no quarto do menino. "Ele estava deitado ali, tão fraco que parecia pronto para adormecer. Sentei-me na cama e perguntei: 'que história é essa de que você vai sentir falta do Natal? De jeito nenhum isso vai acontecer. Sabe por quê? Porque você é meu elfo número 1!'. Ele olhou para mim e disse: 'eu sou?'. E eu respondi: 'com certeza'!".

Em seguida, Schmitt-Matzen entregou o presente ao garotinho, tão debilitado que quase não conseguiu abrir o pacote. 

"Quando ele olhou o que estava dentro, ele deu um grande sorriso, baixou cabeça e me falou: 'eles dizem que eu vou morrer. Como eu vou saber que cheguei aonde estou indo?'. E eu disse: 'você pode me fazer um grande favor. Quando chegar lá, diga a eles que você é o elfo número 1, e eu sei que eles te deixarão entrar'. Ele questionou: 'eles vão?', e eu afirmei: 'Claro!'".

Depois desse diálogo, o menino abraçou o idoso de barba branca e perguntou se ele poderia ajudá-lo. "Passei meus braços ao redor dele, e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele morreu naquele instante. Eu o deixei ficar ali, simplesmente abraçando-o. Todos do lado de fora perceberam o que aconteceu. A mãe dele entrou correndo e gritando: 'não, não, ainda não'. Eu o entreguei para ela, e sai correndo o mais rápido que pude".

Foi aqui que Schmitt-Matzen voltou para casa aos prantos, mal conseguindo dirigir. "Passei quatro anos no Exército, vi minha parcela de coisas que fui obrigado a ver...", comenta. "Sei que médicos e enfermeiras lidam com esse tipo de situação diariamente, mas eu não sei como eles aguentam", acrescenta.

No dia seguinte ao encontro com o menino, o norte-americano tinha um evento como Papai Noel, mas não conseguiu ir. "Levei uma semana ou duas para parar de pensar nisso o tempo todo. Na verdade, eu pensei que poderia nunca ser capaz de desempenhar esse papel novamente, mas, quando eu vi todas aquelas crianças rindo, isso me trouxe de volta. Percebi que esse é o papel que tenho de desempenhar, para eles e para mim".

Conheça o Papai Noel Irineu, que vive em clima de Natal durante todo o ano:

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