02/04/2017 14:07:00 - Atualizado em 02/04/2017 15:30:00

Executivo da Simba analisa queda de público da TV paga

Redação/RedeTV!

O executivo da Simba Content, Marco Gonçalves (Foto: Reprodução/RedeTV!)

RedeTV!, SBT e Record TV saíram da programação das operadoras pagas NET, Claro, Embratel, Oi, Sky na última quinta-feira (30). Na ocasião, o sinal analógico de televisão foi desligado na Grande São Paulo. Isso aconteceu porque as operadoras pagas não concordaram em pagar pelos direitos de transmissão do sinal digital das três emissoras, ao contrário do que já fazem com canais estrangeiros e com outras emissoras nacionais 

Para negociar conteúdo com as distribuidoras dos canais de TV por assinatura e cobrar por seus sinais digitais, foi criada pela RedeTV!, RecordTV e SBT, a programadora Simba Content.

Neste domingo (2), em entrevista ao Natelinha, o executivo Marco Gonçalves, que foi contratado para ficar à frente da joint-venture, voltou a defender o posicionamento das emissoras da TV aberta em exigir uma remuneração para a distribuição de seu conteúdo e também fez uma análise sobre queda da audiência depois que a RedeTV!, RecordTV e SBT deixaram a programação das operadoras pagas.

"O perfil dos meus telespectadores é extremamente importante para essas operadoras de TV paga, se não minha audiência não teria caído. O mercado de televisão foca só na audiência, mas é uma leitura de business. Acho isso maravilhoso, queria que caísse mais", disse o executivo. ''Nós temos 20% da audiência da TV paga no país. Operadoras de TV por assinatura, prestem a atenção: o seu cliente assiste o SBT, a RedeTV e a Record e você vai sofrer com as pressão deles", acrescentou. 

À publicação, Gonçalves revelou ainda que a única operadora que não quis negociar é a Sky. "Ela vive só da distribuição de conteúdo e vai brigar com quem quer prover conteúdo? É no mínimo um tanto quanto esquisito, isso, né?", afirmou.

Na entrevista, o executivo ressaltou também que o preço cobrado para as operadoras não é alto. "Quanto custa para produzir uma Globo News e um canal Off? É caro ou barato? As operadoras de TV por assinatura não produzem nada. Elas não podem classificar como caro ou barato.  Isso porque não tem a mínima ideia de quanto custa. É difícil você colocar preço no trabalho dos outros", argumentou.

"Será que o preço que a gente encontra para assinatura tá caro ou barato? Um pacote básico por R$ 150 ou R$ 200, é barato ou caro? Quanto que de fato o consumidor assiste TV por assinatura e quanto tempo ela gasta em canais que sejam efetivamente pagos, é caro ou barato para o consumidor? O que a gente vai tentar fazer é aquilo que caiba dentro do orçamento das operadoras", finalizou.

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