21/05/2015 09:09:00 - Atualizado em 21/05/2015 09:42:00

'Prévia' do PIB cai 1,07% em março, diz Banco Central

Reuters

SÃO PAULO (Reuters) - A economia brasileira voltou a perder fôlego em março e encerrou o primeiro trimestre com contração, de acordo com dados do Banco Central, em um resultado que deve ser a tônica deste ano e indica a fragilidade da atividade no país. 

O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado 'prévia' do Produto Interno Bruto (PIB) recuou bem mais que o esperado em março, 1,07 por cento, na comparação com fevereiro, quando o indicador avançou 0,59 por cento sobre o mês anterior. Esse dado foi revisado pelo BC de alta de 0,36 por cento, em números dessazonalizados. 

Com isso, o IBC-BR --espécie de sinalizador do PIB-- encerrou o primeiro trimestre com queda de 0,8 por cento sobre os três últimos meses de 2014. 

No quarto trimestre passado, o PIB cresceu 0,3 por cento sobre o período anterior, fechando 2014 com o crescimento mínimo de 0,1 por cento, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

O resultado mensal do indicador do BC ficou bem pior que a expectativa em pesquisa da Reuters, de recuo de 0,50 por cento na mediana das projeções. 

Na comparação com março de 2014, o índice caiu 2,70 por cento, e em 12 meses acumula queda de 1,18 por cento, ainda em números dessazonalizados. 

Vários setores da atividade econômica brasileira vêm mostrando desempenho pífio neste ano. Em março, a produção da indústria recuou 0,8 por cento e fechou o primeiro trimestre com queda acumulada no ano de 5,9 por cento. 

Já as vendas no varejo, antes destaque da economia, caíram 0,9 por cento em março sobre fevereiro e encerraram o primeiro trimestre com o resultado mais fraco em 12 anos. 

Para especialistas, a contração econômica em 2015 é certa e a projeção na pesquisa Focus do BC é de queda do PIB de 1,20 por cento. Esse seria o pior resultado em 25 anos e a primeira contração desde 2009. 

O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia: serviços, indústria e agropecuária, assim como os impostos sobre os produtos.

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