29/04/2016 14:01:00

Leilão de energia A-5 contrata 278 MW, menor nível desde 2009

Reuters

SÃO PAULO (Reuters) - O leilão de energia A-5 realizado nesta sexta-feira fechou a contratação de usinas que somam 278,5 megawatts em potência, ou 158,1 megawatts médios em garantia física, o menor nível desde 2009, quando a economia estava impactada por uma das piores crises financeiras globais.

Com a recessão econômica e a crise política, a baixa contratação ficou na metade inferior das previsões de analistas, que esperavam demanda nula ou de no máximo 800 megawatts médios na licitação.

A expectativa quanto ao certame era baixa devido à redução de consumo de eletricidade no Brasil, registrada desde o ano passado devido a uma forte elevação das tarifas e à recessão econômica.

A título de comparação, os leilões de energia para novas usinas fecharam uma compra de em média 3,6 mil megawatts médios por ano entre 2005 e 2015, o que evidencia o baixo interesse das distribuidoras por contratações adicionais de energia no certame desta sexta-feira.

As usinas contratadas, que precisam iniciar a entrega de energia em 2021, assinarão contratos que movimentarão 9,77 bilhões de reais ao longo do período de suprimento, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Os empreendimentos vencedores --pequenas centrais hidrelétricas, usinas à biomassa e biogás e uma térmica a gás natural-- demandarão cerca de 1,9 bilhão de reais para serem construídos.

O preço médio de contratação foi de 198,59 reais por megawatt-hora e as principais compradoras no certame foram as distribuidoras Amazonas Energia, da Eletrobras, Celesc e Copel, que juntas responderam por mais de 70 por cento da demanda.

As demais compradoras foram Boa Vista Energia, Ceal e Cepisa, todas controladas pela Eletrobras, além da ELFSM.

Foram contratadas 21 pequenas hidrelétricas, seis usinas à biomassa, entre projetos movidos a bagaço de cana e cavaco de madeira, uma usina a biogás e uma térmica a gás natural, segundo dados da CCEE.

Desses empreendimentos, 16 já possuem contratos ou estão em operação comercial, segundo a CCEE. Essa usinas foram autorizadas a participar do leilão por uma mudança de regra viabilizada no final de 2015.

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