11/12/2017 20:15:00

Em tempos de tensão na Ásia, empresário diz que brasileiros não devem se preocupar em fazer negócio com a China

Redação/RedeTV!

A China vive tempos de enorme pressão política e econômica após a Coreia do Norte testar um míssil balístico intercontinental (ICBM) em desafio as várias sanções impostas pela ONU. Depois do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pedir mais pulso firme dos líderes chineses ante o ditador Kim Jong-un, a embaixada sul-coreana divulgou que seu presidente, Moon Jae-In, visitará o país nesta semana.

Com este clima de tensão e a incerteza da paz, muitos microempresários e investidores brasileiros se perguntam se este é o momento certo para fazer negócio com a China. De acordo com Lincoln Fracari, dono da China Link Trading, os brasileiros podem ficar tranquilos. “Apesar dos rumores e tensão de uma maneira geral ter crescido nos últimos dias, isso não anda afetando as compras dos importadores brasileiros de produtos chineses. Infelizmente o Brasil ainda é um país onde a maioria dos produtos industrializados e de consumo dependem muito da importação de outros países, ou seja, estas tensões não afetam pequenas, médias e grandes importações. Acredito que mesmos os investimentos externos em novas plantas produtivas na China ou projetos em infraestrutura não serão impedidos por essa atual tensão entre as Coreias”.

Ainda segundo Lincoln, a tensão não impacta na burocracia chinesa. “Como um empresário brasileiro na China, temos de lidar diariamente com as burocracias chinesas em processos contábeis e de exportação. No entanto, nada foi afetado por conta dessa tensão. Temos um contato direto e aberto com nossos fornecedores chineses em diferentes regiões da China e não ouvimos de nenhum deles potenciais problemas advindos dessa situação”, disse o brasileiro, antes de continuar. “Historicamente, o que eu já vi ser afetado são questões operacionais logísticas e bancárias. No passado, em algumas cargas importadas para a China, tínhamos de assinar alguns termos provando que os materiais não estavam sendo importados de certos países com conflitos e guerras no Oriente Médio”.

Por fim, o o empresário brasileiro ressalta que, para o brasileiro, o mais interessante seria os líderes chineses manterem o status quo, sem apoiar algum lado. “O comércio internacional depende muito das variações cambiais, então quanto mais estabilidade econômica e política na região, melhor estabilidade para os negócios entre a China e o Brasil”, concluiu.

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