24/04/2015 17:18:00 - Atualizado em 24/04/2015 17:56:00

Dólar cai pela 4ª semana seguida e se mantém abaixo dos R$3,0

Reuters

O dólar caiu nesta sexta-feira, em linha com o mercado externo, e encerrou a quarta semana seguida em baixa, em meio a um cenário político local mais favorável e com indicadores econômicos dos Estados Unidos ainda fracos. 

A moeda norte-americana fechou em queda de 0,89 por cento, a 2,9550 reais na venda nesta sexta-feira, após fechar a sessão anterior abaixo dos 3 reais pela primeira vez desde 4 de março. Na semana, o dólar acumulou perda de 2,84 por cento. 

Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de 771 milhões de dólares. 

A moeda norte-americana permaneceu perto da estabilidade durante a maior parte da manhã, firmando-se em terreno negativo na parte da tarde acompanhando o movimento de queda no exterior. 

Na máxima desta sessão, o dólar chegou a subir 0,36 por cento, a 2,9924 reais, e na mínima recuou 0,94 por cento, a 2,9534 reais. 

No cenário externo, a desvalorização da moeda norte-americana, de cerca de 0,3 por cento ante uma cesta de moedas, era amparada pelo dado fraco de encomendas das indústrias dos EUA. 

As encomendas de bens de capital, excluindo o setor de defesa e aeronaves, caíram 0,5 por cento no mês passado após queda revisada de 2,2 por cento em fevereiro, que foi o maior recuo desde julho de 2013. 

"Foi mais um indicador ruim de atividade nos Estados Unidos", disse o economista da Tendências Consultoria Silvio Campos Neto, acrescentando que o dado mais fraco consolida a expectativa de que o banco central norte-americano vai manter um comunicado de política monetária mais expansionista na reunião da próxima semana. 

Na últimas quatro semanas, a queda do dólar ante o real foi influenciada por uma série de indicadores econômicos mostrando uma lenta recuperação nos EUA, o que poderia levar o Federal Reserve a adiar o início do processo de elevação da taxa de juros nos EUA, e por um cenário político local mais tranquilo. 

"Ainda pode haver turbulências com as votações de medidas no Congresso, mas as sinalizações de que o governo está engajado em mudanças, principalmente no ajuste fiscal, foram favoráveis", disse Campos Neto. 

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