Desemprego cresce e fica em 7,9% no 1º trimestre
Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira/Reuters(Foto: Reprodução)
A taxa de desemprego subiu a 7,9 por cento no primeiro trimestre deste ano na comparação com os três meses anteriores, maior patamar em dois anos, com forte aumento da procura por emprego, em mais um sinal das dificuldades enfrentadas pela economia ainda que o rendimento real tenha subido.
A leitura apontada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou alta em relação à taxa de 6,5 por cento no quarto trimestre.
Também ficou acima do resultado do primeiro trimestre de 2014, quando a taxa de desocupação no país alcançou 7,2 por cento, e é a mais alta desde o primeiro trimestre de 2013, quando alcançou 8,0 por cento.
De acordo com a pesquisa, no primeiro trimestre o nível de ocupação no país, que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar, foi de 56,2 por cento, contra 56,9 por cento no quarto trimestre de 2014 e 56,8 por cento nos três primeiros meses do ano passado.
Entre janeiro e março, o número de desocupados, que inclui aqueles que tomaram alguma providência para conseguir trabalho, chegou a 7,934 milhões de pessoas, alta de 23 por cento em relação ao quarto trimestre.
Já a população ocupada chegou a 92,023 milhões de pessoas, um recuo de 0,9 por cento sobre o período anterior.
Por outro lado, o IBGE informou que o rendimento real dos trabalhadores teve alta de 0,8 por cento na comparação com o trimestre anterior, para 1.840 reais, mas ficou estável em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
A Pnad Contínua tem abrangência nacional e o objetivo é que substitua a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que considera apenas dados apurados em seis regiões metropolitanas do país. De acordo com a PME, em março o desemprego subiu pelo terceiro mês, chegando a 6,2 por cento.[nL1N0XP19J]
O mercado de trabalho vem sucumbindo à fragilidade da economia, cuja expectativa é de contração neste ano, à inflação alta e aos juros elevados.